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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A força do pensamento




Destino significa direção, caminho e não uma estrada fixa e reta que devemos simplesmente seguir. Sendo assim, nossa vida depende da consequência de nossos atos, pensamentos e ações. 

Colhemos sempre o que plantamos e, julgar que algo ou alguém está influenciando nossa vida, é transferir uma responsabilidade para outros que pertence apenas a nós mesmos.

Por sermos seres individuais e únicos, atraímos para nós pessoas que se afinam com o nosso pensamento em um determinado momento de nossas vidas. Atraímos fatos que estão firmemente enraizados em nosso pensamento. 

Somos retratos do que pensamos, por isso o pensamento é uma arma de dois gumes: ao pensarmos começamos a materializar o desejo de que algo se realize, tanto os pensamentos bons quanto aos pensamentos ruins.

Seja no trabalho, onde às vezes reclamamos do ambiente, do chefe, do salário, dos companheiros, nem paramos para pensar que somos parte integrante e ativa do ambiente e que contaminamos a atmosfera com nossos pensamentos que se juntam a outros que pensam como nós e vão carregando a atmosfera de energias negativas. 

Assim também são os relacionamentos, atraímos para nós pessoas que espelham o nosso momento. Se atraímos pessoas mal humoradas e doentes da alma ao nosso redor, é a nossa sintonia que assim atrai. 

Ninguém muda ninguém, mas podemos mudar os nossos pensamentos. Quando vigiamos os nossos pensamentos, nossos atos se tornam melhores, a vida se torna melhor. Em consequência, as pessoas que atraimos mudam também. 

Vigiando nossos pensamentos, não estaremos nos deixando ser contaminados pela atmosfera cinza dos alarmistas de plantão, gente que só fala que o mundo está pior, que a violência só aumenta. 

Que iremos todos morrer de acidentes de trânsito, que precisamos de um pára-raios para nos proteger dos sequestros relâmpagos. A força capaz de mudar o mundo está em cada um nós, mudando antes o nosso próprio mundo interior...


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A melhor roupa





Depois de um tempo você descobre que sua vida não passa de uma farsa, que tudo o que você fez ou faça é tão somente para ser bem visto ou bem quisto pelos outros. 

Descobre que sua necessidade de trabalhar 20 horas por dia, nada mais é do que um pretexto para se esquivar da terrível agonia e temível sensação de não ser aceito, não ser perfeito.

E o pior, às vezes você trabalha tanto e não percebe que prefere trabalhar do que ficar perto de certas pessoas, talvez até de você mesmo. Descobre que alguns amigos estão ao seu lado não por carinho ou admiração, mas porque você se esforça para ser especial e porque eles podem lucrar algo por isso.

Descobre que algumas pessoas próximas não te conhecem e não têm a menor ideia de quem você seja, mas na verdade elas não têm culpa por isso, pois foi você quem sempre fingiu ser o que não era. 

Depois de um tempo você descobre que nada disso faz sentido, mas como está distante de tudo o que realmente é importante, já não consegue voltar atrás. E passa a viver os seus dias como um ser errante à espera de um milagre. 

Talvez um dia você se arrependa da vida que não teve e que esteve te esperando por um longo tempo. E enquanto a cidade se agita, você agoniza, tudo se perde. Sozinho no ninho, você grita e sente as dores de um parto que jamais aconteceu verdadeiramente: o Seu!

É uma pena o amor não ser suficiente, não o amor da carne, o amor do meio-dia, mas o amor pelo que você é. O amor que aceita, conforta, o amor que é usina e ninho. O amor que dá sentido às coisas e que ao invés de despir, oferta a melhor das roupas: a própria pele, corpo, alma e coração...







Texto de Mônica Montone

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Aprendendo com a velhice






Quanto mais uma pessoa envelhece mais ela aprende a ser feliz, porque quanto mais velha menos a pessoa critica a si mesma. Ela se torna mais amiga de si mesma e toma para si o direito de sair vestida como quiser, mesmo que seja extravagante. 

Ela atende apenas aos apelos do seu próprio gosto e vontade. Ela sabe que todo mundo vai envelhecer, por isso ela vai andar na praia em um maiô esticado sobre um corpo decadente. E vai mergulhar com um delicioso abandono nas ondas,  mesmo diante dos olhares penalizados dos outros. 

Para ela, o que vale mais é o mergulho no mar de possibilidades. Ela sabe que, conforme envelhece, é mais fácil ser positiva porque há menos preocupação com o que os outros pensam.

Ela já viu tanta gente ir embora muito cedo, sem que tenham podido compreender o verdadeiro sentido da liberdade. Ela se sente abençoada por ter vivido o suficiente para ter cabelos grisalhos e risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em seu rosto.  Muitos nunca riram. Muitos morreram antes de que seus cabelos estivessem cor de prata.

Ela sabe que algumas vezes esquece algumas coisas, mas acha isso positivo porque algumas coisas na vida merecem ser esquecidas. Ela aprendeu que é melhor e mais importante recordar apenas de coisas importantes. 

Ela sabe que um coração guarda as tristezas da perda de um ente querido, do sofrimento de uma criança ou de um animal de estimação que morre atropelado. E, assim como todos, ela também tem um coração quebrado. 

Mas ela dança ao som dos sucessos dos anos 60 e, se desejar chorar por um amor perdido, ela chorará mas não se apegará a isso. Ela sabe que corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril; nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.

Ela não se questiona, sabe que tem o direito de errar e aprende com seus erros. Ela se sente livre para ser quem é. Já não se preocupa em viver de acordo com as expectativas alheias. 

Ela sabe que não viverá para sempre, mas enquanto estiver por aqui ela não vai perder tempo lamentando o que poderia ter sido ou preocupar com o futuro. Ela vai comer sobremesa todos os dias e ser feliz!

ND

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Aprenda a sair de cena





Uma das coisas que podemos aprender com pessoas de grande sabedoria é saber sair de cena, deixar o palco, sair da roda, mudar de assunto, saber o momento exato de fazer com que os holofotes fiquem sobre os outros e não sobre nós. 

No mundo competitivo em que vivemos, quando a nossa presença estiver marcando demais, quando as nossas ideias brilhantes estiverem brilhando demais ou a nossa forma inovadora de pensar estiver inovando demais, é exatamente a hora de sair de cena, nem que seja por algum tempo.

Sair de cena não significa abandonar tudo, mas é preciso que os outros pensem que desistimos, porque nem sempre as pessoas estão dispostas a deixar-nos brilhar impunemente. 

Por inveja ou por se sentirem ameaçadas por nosso brilho, as pessoas tendem a nos dar respostas agressivas e desproporcionais. É preciso dar a chance das pessoas acharem que não queremos mais estar no palco. Mas sair de cena é uma arte tão importante quanto saber entrar em cena. Todo ator sabe disso.

Quando nós, sem ter desejado ou planejado, começamos a brilhar muito em nossa área de atuação ou em nosso trabalho naturalmente nascem as curiosidades a nosso respeito. 

As pessoas começam a comentar sobre o nosso sucesso, querem saber sobre a nossa vida pessoal, sobre os nossos bens materiais e nosso possível enriquecimento. E quando elas começam a fazer muitas perguntas, é hora de saber mudar de assunto para evitar essa armadilha.

Quando surge um embate com poderosos, dos quais você conhece o poder destrutivo, é preciso pensar muito antes de entrar no embate. Briga de cachorro grande é para grandes cães. 

Muitas vezes a melhor recomendação é sair de cena e aguardar por outras oportunidades. A vitória numa batalha só compensa quando há menos esforço e não há estresse. 

Saber sair de cena, na hora certa e com dignidade, é adquirir uma grande capacidade artística que nos leva à sabedoria. Porém, assim como um ator, é preciso utilizar as vivências como um laboratório para obter experiência. 

Essa arte de sair de cena ou mudar de assunto, não é coisa para leigos. É preciso dominar essa arte. Ouviu algo que não gostou, mude ou assunto ou finja que não ouviu. Não leve o assunto adiante. Aprenda a desconcertar, com classe, os maldosos de plantão...







quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Você pode ter mais do que imagina ser capaz




Um sábio passeava por uma floresta com seu discípulo, quando avistou um sítio de aparência muito simples e resolveu fazer uma breve visita. Durante o percurso o mestre falava ao aprendiz sobre a importância do aprendizado que podemos ter mesmo com pessoas que não conhecemos. 

A casa era de madeira e o casal com seus três filhos trajava roupas sujas e rasgadas. O mestre se aproximou e perguntou: "Neste lugar não há pontos de comércio e de trabalho. Como o senhor e a sua família sobrevivem aqui?"

O senhor calmamente lhe respondeu: - "Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos. Com a outra parte nós produzimos queijo e coalhada para nosso consumo. Assim, vamos sobrevivendo".

O sábio contemplou o lugar por alguns momentos, despediu-se e partiu. No meio do caminho, ordenou ao seu discípulo: "Aprendiz, pegue a vaquinha e empurre-a no precipício". 

O jovem espantado com a crueldade, questionou o mestre porque a vaquinha era o único meio de sobrevivência daquela família, mas diante do silêncio absoluto do seu mestre foi cumprir a ordem. Empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer.

Aquela cena ficou marcada na memória do jovem aprendiz por muitos anos. Certo dia ele resolveu retornar ao sítio e pedir perdão à família pelo que tinha feito. Porém quando avistou o sítio com uma grande e bela pousada, árvores floridas, um carro na garagem e as crianças brincando no jardim, ficou triste porque imaginava que a família tivera de vender o sítio para sobreviver.

Espantou-se ao reencontrar a família, elogiou o local e perguntou ao dono como tinha conseguido melhorar seu sítio. E o senhor entusiasmado lhe respondeu: “Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. 

Daquele dia em diante tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que existiam em nós. Transformamos nossa casa em uma pequena pousada para viajantes. Aos poucos, a pousada foi crescendo e assim, alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora...”


Moral da história:

Quando nos apegamos às poucas coisas que temos sem enxergar outras possibilidades,
permaneceremos no mesmo lugar sem qualquer progresso. Mas quando saímos da zona de conforto, abandonando o comodismo, podemos chegar a outros patamares muito mais elevados. 

A vaquinha presente em nossa vida pode nos dar um mínimo, mas nos impede de ampliar nossa visão, nos torna dependentes de algo ou alguém. A sua vaquinha pode ser:
  • aquele emprego que te paga um ínfimo salário mas você continua lá por anos e anos com medo de ir em busca de outro emprego que reconheça suas habilidades.
  • aquele empregado que faz as coisas de qualquer jeito, mas você continua com ele porque tem medo de não arranjar outro empregado.
  • aquele relacionamento que te deixa infeliz, mas você tem medo da solidão.
  • aquela amiga ou aquele amigo que só traz problemas e confusão, mas você tem medo de dizer a verdade porque tem medo de perder a amizade.
São milhares de situações que você se acomoda e não toma uma decisão para resolver o problema. Mas também não adianta decidir e esperar que os outros ou a vida venham colocar sua decisão em prática. 

É preciso empurrar a vaquinha no precipício com determinação e coragem, abrindo espaço para que novas coisas bem melhores entrem em sua vida. Você pode ter mais do que imagina ser capaz ...




sábado, 8 de outubro de 2011

Faça a diferença




Um escritor morava em uma tranquila praia junto de uma colônia de pescadores. Todas as manhãs ele buscava inspiração caminhando à beira mar até que certo dia encontrou um jovem que recolhia estrelas-do-mar na areia para jogá-las novamente no oceano. - Por que está fazendo isso? perguntou o escritor.

A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas irão secar e morrer se ficarem na areia. respondeu o jovem. Insistiu o escritor: 

- Existem milhares de quilômetros de praias por este mundo e milhares de estrelas-do-mar espalhadas pelas praias. Que diferença faz se você joga umas poucas de volta ao oceano? A maioria vai perecer de qualquer forma. 

O jovem pegou mais uma estrela na praia, jogou de volta ao oceano e respondeu: - Para essa aqui eu fiz a diferença…


**********

Esse é um conto simples, mas que guarda uma grande verdade: Não podemos mudar o mundo mas podemos, a cada dia, fazer a diferença na vida de alguém. Uma palavra de estímulo, um pequeno elogio, um sorriso, um cumprimento, um pequeno telefonema, uma saudação etc. "Fazer a diferença" é dar aquela contribuição única que pode chegar no momento certo, mesmo sem que saibamos.

Em um trabalho de equipe, quando todos estão perdidos e desorganizados, uma palavra de encorajamento e sua visão de organização, pode trazer resultados positivos para todos. 

Quando as pessoas caminham para um impasse, a iniciativa de um argumento e visão ampliada pode propiciar uma conciliação. Uma pessoa que está com as finanças desorganizadas, sem emprego ou doente, se você não se omite e diz palavras de incentivo, você faz uma grande diferença.

Quem não faz diferença passa desapercebido, não atrapalha mas com certeza não contribui. Quem não faz diferença é apenas um rosto oculto e enevoado no meio de uma multidão de desconhecidos. 

Fazer a diferença significa muitas coisas, por exemplo, dirigir seus potenciais e talentos a serviço de uma empresa, de uma causa ou de uma comunidade. É tomar iniciativa de transmitir o que sabe sem almejar unicamente objetivos financeiros. 

É correr o risco de oferecer uma mão amiga. É integrar uma equipe sem desejar brilhar individualmente. É transformar ideias em realidades concretas. Quem deseja fazer a diferença não espera bom tempo para começar, não fica apenas planejando mas começa desde já direcionada a um propósito saudável e realista. 

Quem deseja fazer a diferença não faz o que todos fazem, mas tem metas éticas e mobiliza outros a encararem desafios para transformar figuras em retratos de pessoas felizes e comprometidas com a felicidade. E mesmo que consiga fazer a diferença para apenas uma pessoa, terá valido a pena...




terça-feira, 27 de setembro de 2011

Medo de ser feliz






Muitas pessoas desejam ter um relacionamento feliz, uma carreira de sucesso, construir uma família e muitos outros sonhos mas não conseguem realizar justamente aquilo que mais querem. 

Algumas vezes, é nos desejos onde encontram mais problemas. Tentam de todas as maneiras e, aparentemente, estão muito abertas para o que desejam mas só atraem situações de dor e insucessos.

Isso pode acontecer por inúmeros motivos, mas o principal deles é o medo de dar certo. O aparente querer pode esconder justamente o não querer, o medo de se arriscar em novos caminhos, de viver novamente decepções. 

E assim, passam a vida se auto-sabotando, preferindo a superficialidade das coisas do que correr o risco de tentar mergulhar por inteiro. Somos muito sutis e sofisticados na arte da auto-sabotagem. 

Quando queremos nos esconder para não reviver experiências doloridas do passado, tendemos a agir justamente de forma a atrair novas experiências mas que serão igualmente desastrosas, seja um relacionamento, um trabalho, uma carreira ou qualquer outro desejo. 

Algumas pessoas focam seu principal objetivo em um relacionamento e só atraem situações onde é impossível viver o amor. E ao escondermos esse medo de dar certo, justamente sob a aparência de querer muito dar certo, nos tornamos vítimas indefesas de inúmeras pessoas e situações que sempre impedem que nossas sonhos se realizem. 

Parece que sempre a culpa é do outro, das situações ou da vida, afinal tentamos de tudo. Esse medo nos afasta cada vez mais da possibilidade de sermos felizes, até o dia em que decidimos ir além dos medos e das memórias equivocadas para entender que as experiências passadas nunca deveriam nos impedir de experimentar de novo e por inteiro.

Este medo pode se manifestar em muitas áreas da nossa vida, exatamente onde temos memórias de dor. E quando resolvemos liberar esse medo e assumir a responsabilidade de dar certo nas situações, verbalizando esse medo, perdoando a quem nos fez mal, amando e mostrando gratidão, as coisas começam a dar certo em nossa vida. Aprendemos a andar, porque tentamos várias vezes. "Dar certo" significa mergulhar por inteiro no que deseja, desfrutando de cada momento, sem medo de ser feliz...


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Coragem é agir com o coração





Coragem vem de Coeur (coração) 
e Age (agir) Agir com o coração.


Muitas pessoas pensam que a coragem está relacionada a grandes feitos e atos heróicos, porém a coragem é algo muito mais belo e esperançoso. Ter coragem não é enfrentar ou confrontar algo. 

Ter coragem é perceber a centelha divina que existe em cada ser humano para não desanimar diante dos obstáculos, nunca desistir da verdade para reconhecer os próprios erros e para consertar o que tenha destruído. Essa é a verdadeira coragem que não precisa de lança e nem de escudo.

Mas a coragem não se alcança de um dia para o outro. A coragem deve ser conquistada aos poucos, embora ela sempre esteja presente em nós. A verdadeira coragem está em enfrentarmos a nós mesmos aniquilando o egoísmo, os preconceitos, as crenças negativas a respeito de nós mesmos e do mundo.

A coragem exige humildade para reconhecer o que está acima de nossas forças e exige alegria para tomarmos a iniciativa, exige caridade para entender as fraquezas, exige simplicidade e fé para não nos enchermos de orgulho. 

O herói é aquele que, frente à dúvida da escolha, foge do padrão comum preferindo o risco e a responsabilidade da invenção do que soluções prontas. O verdadeiro herói não é aquele que vence mil batalhas, mas aquele que luta mil vezes para vencer a si mesmo...



sexta-feira, 9 de setembro de 2011

De bem com a vida






Por onde você passa você deixa uma marca, uma impressão. Mesmo que você se considere insignificante, você deixa um potente rastro de suas energias e essa energia é que atrai as coisas boas ou ruins para a vida.

Se você está sempre otimista, com coragem para enfrentar os problemas, você atrai essas energias. Se você passa por um problema ou uma decepção e estampa no rosto o seu mal estar, você se torna um "caminhão de lixo", recolhendo tudo o que não presta.

Somos como verdadeiros imãs e por onde passamos tendemos a atrair as energias semelhantes às nossas ou até piores. O segredo está em perceber quando está chegando a tristeza e livrar dela o mais rápido possível usando o lado racional, ou seja, usando o cérebro, amando-se e já sabendo que se você não brecar essa dor, esse momento triste vai fazer você vai piorar, piorar e piorar ...

É como um ferimento que dói e se você tratar com os remédios certos, o ferimento cicatriza, você supera e esquece. Mostrar sua dor ao mundo e não se tratar é tornar-se um carregador de energias negativas. Livrar-se de uma lembrança é um processo lento, impossível de programar.

Ninguém consegue tirar algo da cabeça na hora que quer e às vezes a única solução é inverter o jogo: em vez de tentar não pensar, melhor é esgotar a dor. Permita-se recordar, chorar e ter saudade.

Não se feche no seu problema, divida-o. Se precisar busque ajuda, mas não desista de lutar para superar sua dor. Toda ferida um dia cicatriza. Não leve as coisas ruins do mundo para a sua vida, pense e seja positiva. Fale bem da vida para ela ficar de bem com você!


sábado, 27 de agosto de 2011

Atenção seletiva, o nosso radar pessoal





Existe uma parte do cérebro, chamada de formação reticular, que é responsável pela atenção seletiva. Quando consideramos que algo é importante, essa parte do cérebro se torna tão focada que prende nossa atenção naquele assunto, ou seja, está mais seletiva para um determinado assunto do que para outros assuntos. 

Quase que milagrosamente tudo que se refere a este assunto começa a aparecer à nossa frente como um radar pessoal. De repente passamos a ver o assunto nos jornais, nos programas de tv, nas revistas, nas ruas por onde passamos e ouvimos também outras pessoas comentarem sobre o mesmo assunto. 

Podemos achar que aquele assunto começou a pular sobre nós, mas na verdade é que quando focamos em algo de forma seletiva começamos a prestar mais atenção naquele assunto. As conversas e os anúncios em nada mudaram, apenas não eram percebidos e agora prendem a nossa atenção.

As crenças tem um estranho poder sobre nós e nos fazem prestar atenção em tudo que as confirmam. Quando acreditamos em algo nossa mente busca fatos, razões, motivos e passamos por experiências ou presenciamos situações que comprovam exatamente essa crença. Isso ocorre porque a mente encontra e presta atenção naquilo que damos importância e passa a selecionar e focar aquele assunto.






Quando desenvolvemos a crença de que a vida é difícil, tendemos a prestar mais atenção em tudo que confirme que a vida é difícil. Quando o nosso radar só aponta para fracassos, doenças, desemprego e perdas, tudo isso tende a ocorrer conosco ou com pessoas próximas de nós.

As notícias nos jornais e na tv só falam de dificuldades e uma voz interior nos diz: Tá vendo, a vida é difícil. Eu já sabia que a vida é difícil... Com isso cria-se uma tensão e, antes mesmo de fazer qualquer coisa, inconscientemente já sentimos e pensamos que vai ser difícil. 

Pior ainda: de maneira também inconsciente produzimos ações que dificultam a vida para comprovar a nossa crença. Mesmo que haja um caminho mais fácil, a tendência é que a mente despreze e não preste atenção, isso porque o nosso radar não está treinado para ver as coisas fáceis. Se acreditamos que tudo tem que ser difícil e sacrificado, qualquer caminho que parecer fácil será considerado errado.






A vida pode ser fácil e sem lutas. Se você está lutando na vida, existe alguma crença no difícil, isto é, só tem valor se for difícil, se for conseguido com sacrifício e com muito suor. Então sua vida será sempre difícil, a menos que comece a acreditar que a vida é e pode ser fácil.

Muitos dos nossos medos estão relacionados com nossas crenças. Do que você mais tem medo? Por que? Com frequência nossos medos surgiram de experiências passadas e agora queremos evitá-los. E quanto mais queremos evitar, mais acontece.

E assim seguimos complicando a vida muito mais do que deveríamos. Dificuldades existem, mas boa parte delas somos nós que buscamos, criamos e fazemos acontecer. Devemos estar preparados para as dificuldades, mas também devemos estar preparados para as facilidades.

Quando começamos a inverter nossas crenças negativas e afirmamos constantemente que tudo pode ser fácil, nosso cérebro começa a prestar atenção nas oportunidades mais fáceis. Quando acreditamos que as coisas são boas, fáceis e abundantes, assim elas se tornam...


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O tempo é o senhor da razão





O tempo é o senhor da razão e administrar o tempo é uma das coisas que nos toma mais tempo. As semanas passam mais rápido e infelizmente os finais de semana também. Os meses correm, os anos voam. 

No mundo moderno, há uma luta contra o tempo e muitos sentem que estão perdendo a batalha, precisam de um tempo, um minutinho para respirar fundo, descansar para depois recomeçar.  

É saudável ter um tempo só para si, para ler um livro, ouvir seus discos, assistir seus filmes favoritos etc. Esse tempo próprio para repensar, concluir, conceituar e às vezes até mesmo definir a relação que se tem com o tempo. 

"Vamos dar um tempo?" Quem nunca ouviu esta frase certamente já sentiu medo de ouvi-la, principalmente quando se torna inegável que o namoro já está desgastado, quando não se consegue resolver os conflitos.

Muitas vezes o tempo pode nos auxiliar a chegar a um consenso para que possamos conversar, negociar e fortalecer os vínculos. Há quem diga que não acredita nesse "dar um tempo" e há quem o sugira como um tipo de férias necessárias, já que férias significa recuperação de energias. 


Ninguém gosta de viver em pé de guerra e sempre reclamando aos quatro cantos. Quando há muitos conflitos entre um casal, ou no emprego ou com amigos, é natural que surja uma dúvida sobre o real interesse que se tem.

Se há uma mudança no comportamento seja de um parceiro, de um patrão, de uma empresa, de um amigo, o mais natural é dar um tempo para pensar racionalmente sobre as questões. Quando há um afastamento temporário das situações, podem surgir motivos para que os conflitos sejam resolvidos, novas posturas podem ser adotadas e as mudanças podem reafirmar os laços.

Diz o ditado: "o tempo é senhor da razão." Pode ocorrer que durante esse tempo de afastamento surjam questionamentos mais profundos e a conclusão seja tornar esse tempo definitivo. 


Muitas são as pessoas que retornam das férias temporárias com a decisão de romper definitivamente relações afetivas, profissionais e amigáveis. Um novo emprego, novos amigos e um novo amor, pois a solidão é um remédio duro, que só deve ser tomado em pequenas pílulas...





sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sorte ou azar é você quem faz






Simpatia, corrente, figa, pé de coelho, olho turco, trevo de quatro folhas, balangandã, patuá, magia, evitar gatos pretos, tudo isso para atrair sorte e evitar o azar. 

Algumas pessoas dizem que 13 de agosto é dia de azar, outras dizem que é dia de sorte. Existem certos tipos de sorte ou azar que não conseguimos comandar mas, indiscutivelmente, existem fatores que nos impulsionam e que podem aumentar nossa propensão a ter mais sorte ou azar, basta que estejamos inclinados a isso.

Uma das formas de ter mais sorte é fundamentalmente ter a atitude certa, pois a sorte é mais uma questão de atitude do que probabilidades.
Em geral as pessoas sortudas tem uma atitude assertiva de reconhecer que sempre devem aprender mais, tem curiosidade intelectual e buscam conhecimento. 

Os arrogantes e muito autoconfiantes são menos propensos a buscar conhecimento, acham que sabem tudo e depois se dizem azarados. Os sortudos não perdem a oportunidade de ler algo interessante, escutam sugestões, exploram novas ideias, perguntam mais do que respondem e estão mais dispostos a conhecer pessoas, ir a novos lugares e buscar respostas para novas perguntas. Os azarados acham que tudo isso é inútil e perda de tempo.

Alguns mecanismos psicológicos tendem a influir sobre o que chamamos de sorte ou de azar. Quando nossa mente funciona de forma positiva, é possível que tenhamos mais sucesso naquilo que nos propomos. 

Até poderemos falhar, mas sempre devemos avaliar de forma realista as nossas possibilidades. No entanto, a disposição otimista nos incentiva a sermos mais eficientes para alcançarmos os resultados.

Os sortudos tem uma disposição otimista que lhe dá convicção e energia para fazer sempre mais e melhor. E como uma profecia autorealizável, tendem a ter mais sorte porque acreditam nas possibilidades, acreditam mais no bem do que no mal. 

Sortudos doam energia a si mesmos, tem disposição positiva para encontrar a boa sorte. Eles agem mais para potencializar a sua sorte. 

Os azarados encontram obstáculos antes mesmo de tentar algo. Acreditam muito mais nas impossibilidades e conseguem ver o mal em tudo. Ao entregarem-se ao pessimismo, não permitem uma mudança positiva.

As pessoas mais sortudas do mundo são aquelas que possuem os elementos da equação: Vontade de aprender (x) vontade de melhorar (x) disposição positiva, porque o sortudo conclui que com sua crença e coragem sempre será possível fazer algo melhor. A mente construtora contribui para a sorte. 

Todo mundo pode ter sorte, basta estar dispostos a acreditar mais em si mesmo e trabalhar. Sorte é uma encruzilhada onde a preparação e a oportunidade se encontram. Quando acreditamos em nossa força e temos perseverança, persistência, organização, planejamento e criatividade, conseguimos transformar sonhos em metas. 

Crer que somente a sorte pode transformar nossa existência é deixar de acreditar em nossa força interior. Quando acreditamos em nossos talentos, a própria vida conspira para que tenhamos sucesso. Jogar a culpa dos fracassos no azar é mais cômodo e, de certa maneira, nos tira um pouco da nossa responsabilidade, afinal, “não deu certo porque faltou sorte”. . .



quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Paraíso interior





Quantas vezes sonhamos com lugares paradisíacos, lugares que transmitem paz e tranquilidade, daqueles que parecem existir só em gravuras criadas na imaginação. Porém, por mais bonito e deslumbrante que seja, nenhum lugar trará a sensação de paz e serenidade se o nosso íntimo estiver em tempestade, em desequilíbrio.

Se vamos para um paraíso levando uma mala cheia de problemas, é certo que todas as maravilhas passarão despercebidas e qualquer companhia parecerá enfadonha, porque a sensação de paraíso deve estar primeiro em nosso íntimo. 

O mais importante de nossa vida é estarmos bem, sentirmos bem com a nossa própria companhia. Quando estamos bem com a nossa própria companhia, conseguimos ver a beleza em todos os lugares, a comida é ótima e as pessoas são alegres e divertidas. 

Quando estamos bem com nós mesmos, cuidamos de nós, lembramos de nos presentear, olhamos para nós e dizemos algo agradável, porque somos o nosso melhor amigo ou amiga. Logicamente as outras pessoas são fundamentais, mas nunca serão mais importantes do que nós para nós mesmos.

Nem sempre a vida é uma maravilha, existem situações de conflito presentes na vida de todos nós. O que diferencia uma pessoa de outras é a forma de lidar com essas situações. 

Quem fica amargando ressentimentos, está fazendo mal a si mesmo porque um dia chegará uma doença ou uma estagnação em alguma área de sua vida. Os ressentimentos bloqueiam a nossa energia e nos fazem sentir vítimas do destino quando na verdade somos nós mesmos que estamos nos submetendo ao sofrimento.

Cada ser humano é único, uma centelha de luz. Quando você tem autoestima, se valoriza e ama a si mesma, você confia que será capaz de superar qualquer situação porque sabe que pode contar consigo mesma. 

Quando você percebe que, mesmo estando onde você desejou estar, tendo tudo o que gostaria de ter e mesmo assim não se sente feliz, tenha certeza de que você está precisando mais de você. Você precisa cuidar de sua energia e trazer de volta a harmonia que lhe pertence para criar o seu paraíso interior.



sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Onde você quer chegar?





Muitas pessoas vivem reclamando da vida, sem perceber que não é a vida que é ruim; são elas mesmas que devem ditar as regras de sua própria vida. Pessoas que sabem o que devem fazer, cuidam de si, planejam, arriscam e participam do mundo. Pessoas que não sabem, amam a vida mas odeiam viver.

Quando você sabe criar sua própria vida, sua própria carreira,
seu próprio sucesso, você trabalha e vive com satisfação. Mas para criar isso você deve esquecer as receitas prontas de sucesso, sair da zona de conforto, não se deixar dominar pela Síndrome de Cecilia Meireles - a indecisão. A primeira decisão é ver o que você faz com seus pensamentos. O que você pensa a respeito de si, das outras pessoas e do mundo?

Para saber onde você vai chegar, veja para onde está indo.
Planejar uma rota, um caminho, é garantia de estar seguindo por um caminho certo. Se precisar, faça ajustamentos, altere algumas rotas. 

Cerque-se de pessoas que possam lhe oferecer ideias que impulsionam os resultados e faça a diferença na vida das pessoas. A única garantia de sucesso pessoal é o entusiasmo sincero de ajudar as pessoas.

Alguns pontos chaves podem ajudar nesse processo. Primeiramente, determine-se a cuidar de si, por exemplo: parar de
fumar, exercitar pelo menos 3 vezes por semana, não comer fritura e comer menos açúcar, substituir o bolo e o biscoito do lanche da tarde por frutas, ir ao cinema uma vez por semana, participar de esportes em grupo, dormir mais cedo, etc. Invista mais em si mesma. 

Retome os estudos ou comece a estudar algo novo pelo menos por meia hora a cada dia, aprenda outro idioma, leia um livro de estratégias executivas, estude mais sobre técnicas de comunicação. 

No seu trabalho, determine-se a motivar seus colegas, aprenda uma nova função na empresa, inicie um projeto de qualidade, de organização ou de eliminação dos fatores que consomem tempo e nada produzem. 

Proponha novas ideias, dê sugestões, peça feedback do seu desempenho. Comprometa-se com seu futuro: proponha-se a economizar para comprar algo e determine uma data para efetivar a compra. 

Planeje uma viagem de férias com a família ou com os amigos, com uma data marcada. Tudo isso serve para motivar você a trabalhar para alcançar seus objetivos.

Se torne mais participativa em sua família, brinque com seu filho, converse mais com seus pais e seus filhos,
cumprimente seus pais e sua familia todos os dias pela manhã, despeça-se quando sair, crie uma atmosfera de camaradagem com seus pais, seu cônjuge, seus filhos. 

Converse mais com seus amigos, procure saber de seus objetivos, suas vitórias e frustrações. Esteja mais presente em encontros e reuniões. Participe mais da sua comunidade, da sua cidade e do mundo.

Inicie uma campanha de conscientização da limpeza nas ruas ou nas praias, ofereça-se como voluntária para ajudar nas escolas, para ministrar palestras gratuitamente para jovens sobre um assunto que você domina. 

Crie um grupo para revitalizar uma praça, uma escola, uma rua. Envolva outras pessoas para criar uma biblioteca no prédio onde você mora ou em seu bairro. Crie um blog com assuntos que você domina voltado para os profissionais daquela área. Se você quiser algo que você nunca teve, é preciso fazer algo que você nunca fez...




terça-feira, 2 de agosto de 2011

Sempre há uma saida





Quando entrei na sala vi um beija-flor voando desesperadamente, rente ao forro. Entrara, mas agora não sabia como sair. Retirei-me, para não assustá-lo e fiquei olhando. 

Ele continuava a voar em voltas, junto ao forro. Abri as janelas e inverti as vidraças, deixando livres também as partes de cima. Por fim, numa de suas voltas, o beija-flor saiu por uma delas...

Às vezes entramos numa situação e não atinamos com a saída. Ficamos girando, num círculo vicioso, passando e repassando os mesmos raciocínios, teimando nos mesmos métodos que não dão certo. 

Começamos a nos inquietar, a preocupar-nos e até chegamos ao desespero. A impaciência, o temor e outros fatores negativos nos anuviam e só podem piorar a situação.

Quanto mais nos perturbamos, menos enxergamos as saídas possíveis. Ora, se há entrada por certo haverá uma saida. E há muitas janelas abertas que nos levam a situações mais favoráveis para viver livre e feliz. Basta aquietar o coração e observar. A saída pode estar bem à nossa frente...


sexta-feira, 29 de julho de 2011

Eternamente jovem





A velhice começa quando nascemos e a idade cronólogica passa a ser definida pelo tempo que decorre a partir do nascimento. Assim, o tempo e as pessoas se influenciam mutuamente. 

Em todos os tempos, o processo do envelhecimento humano tem sido uma preocupação, embora possa ter nuances diferentes dependendo da cultura, situação social ou psíquica das pessoas.

Corpo e tempo se entrecruzam nascendo disso as diversas velhices e suas múltiplas representações. Cada pessoa tem a sua velhice singular e a definição do próprio termo torna-se um impasse. 

Reconhecemos a velhice em um referencial biológico a partir da aparência como as rugas e cabelos brancos ou das patologias clássicas deste período de vida como as artroses, cardiopatias, perda de memória entre outros.

Contudo, são referenciais que podem se manifestar em qualquer pessoa mesmo que cronologicamente não tem idade avançada. A ciência contemporânea conta com inúmeros recursos visando superar os sinalizadores da idade. 

Em termos psicológicos, considera-se os parâmetros do enrijecimento do pensamento, perdas cognitivas, regressão e tendências depressivas. Todavia, são características também presentes no cotidiano de muitos jovens. 

A idade pode ser biológica, psicológica ou sociológica à medida que enquadra as capacidades de cada pessoa. O idoso é um termo que indica uma pessoa com uma vivência traduzida em muitos anos e a literatura classifica, em termos didáticos, as pessoas acima de 65 anos como idosos. 

O envelhecer não é um problema, a problemática órbita em torno da vivência diante do mundo. O envelhecimento não é somente um momento na vida, mas é um processo extremamente complexo e pouco conhecido, com implicações tanto para quem o vivencia como para a sociedade que o suporta ou assiste. É uma fase de alterações psicofísicas do organismo da pessoa e de sua maneira de interagir com o seu meio social.

É frequente o uso de eufemismos para denominar a velhice e tudo o que lhe faça referência, no entanto, são tentativas falidas que buscam suavizar o peso do termo "velho". Segundo Goldfarb, parece que a velhice soa como algo diabólico e que não pode ser nomeada sem provocar o medo e a rejeição. 

Amiúde, o termo parece embuido de uma propriedade adjetiva para se referir a coisas antigas, muito utilizadas e que já não tem serventia. Surgem assim expressões como Terceira idade ou Idade avançada, que tentam nominar algo que inexoravelmente estará presente na vida dos felizardos que conseguirão chegar à velhice.

Chegar à velhice não é um castigo, é um prêmio que conquistamos. Personalidades, intelectuais, políticos, artistas e outros com mais de 60 anos, aparecem na mídia contradizendo arcaicos estereótipos ao demonstrarem inteligência, versatilidade, perspicácia, audácia, boa forma, bom humor, dentre outras características, mostrando que a velhice pode ser produtiva com aperfeiçoamento das relações interpessoais. 

Alguns dirigem suas vidas para a religiosidade, outros para a contemplação, trabalhos humanitários e sociais, investindo na vida de uma outra forma e sentem-se felizes em agir assim. Percebe-se, então, que há várias formas para se viver.

O uso de certos meios para retardar o envelhecimento pode impedir ou até inverter tal processo, mas não poderão alterar o seu final. Se o limite da vida é a morte, a velhice é a fase que mostra a proximidade com este horizonte, ainda que não seja privilégio apenas para os velhos. 

Ela pertence a cada um de nós que se encontra vivo e atuante. O envelhecimento assusta porque está associado à finalização da vida. Quando se encara a velhice não como uma decadência e sim como uma sequência, com suas peculiaridades e características, descobre-se que a fonte da juventude é uma utopia. 

Aqueles que perseguem o ideal da fonte da juventude sofrem com suas angústias, pois se negam a encarar-se dentro da realidade. Envelhecer com qualidade é evitar as contínuas mortes de direitos e deveres do cotidiano. Afinal, ninguém é tão velho que não possa criar, produzir e encantar outras pessoas, acima do olhar alheio que aponta o envelhecimento, quando podemos nos olhar e sentir-nos eternamente jovens...

É um privilégio viver uma longa vida, mas se torna velho quem perde a jovialidade. A idade causa a degeneração das células, mas só envelhece quem degenera o espírito. A idade não impede sonhar, mas se torna velho quem apenas dorme.

A idade não impede de aprender, mas se torna velho quem não tem nada ensinar.
A idade não impede de fazer planos, mas se torna velho quem tem apenas saudades. Em qualquer idade se pode exercitar, mas se torna velho quem somente descansa.

Você não envelhece quando seu calendário está repleto de amanhãs, para os velhos o calendário está repleto de ontens. Quem envelheceu, todos os dias parecem os últimos de sua jornada. Não tem idade, quem considera cada dia o primeiro de sua vida...


terça-feira, 19 de julho de 2011

A inveja mata






Todos nós estamos sujeitos a sentir inveja, ódio e ciúme, mas também podemos controlar os nossos desejos e dispensá-los. 

Caim não pensava assim e deixando a inveja crescer dentro de si procurou um modo de chamar a atenção de Deus somente para si. Pela inveja o mal entrou no mundo, pela inveja Caim matou Abel, pela inveja sofremos diariamente.

A inveja é, sem dúvida, o mais antigo sentimento que se tem notícia depois do amor. Ela 
pode ser definida como o desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade dos outros, um desejo de possuir aquilo que o outro tem, uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades dos outros. 

A inveja é o reconhecimento da própria incapacidade de alcançar as mesmas coisas, seja pela incompetência, limitação física ou intelectual. É o mais dissimulado dos sentimentos humanos, não só por ser o mais desprezível mas porque se compõe, em essência, de um conflito insolúvel entre a aversão a si mesmo e o anseio de autovalorização.

Muitas vezes as pessoas confundem a inveja com a ambição. A ambição é o reconhecimento da capacidade de conquista que acompanha os guerreiros e fortes. Podemos ter objetivos para alcançar algo, no entanto, se não temos a ambição, o anseio ardente que nos impulsionará para a realização concreta dos nossos planos não passará de ilusões. 

A ambição é necessária na vida e não podemos nos envergonhar de dizer que a temos. Muitas vezes as pessoas receiam falar que são ambiciosas com medo de serem chamadas de egoístas ou algo semelhante, justamente pela incompreensão do seu significado. 

Os ambiciosos se esforçam, estudam e trabalham para ter o que desejam. Assim como existe uma linha tênue que separa o bem do mal, a ambição com limites é salutar.

Diferentemente dos ambiciosos, os invejosos são em grande parte gananciosos e neste ponto é que reside toda a confusão, porque a ganância normalmente nascida da inveja também é uma ambição, porém desmedida. 

A inveja é o desejo violento de possuir o bem alheio e sempre a inveja vem acompanhada da maldade. Se sentimos tristeza pela felicidade alheia, esse sentimento é desprovido de amor, portanto só pode haver ódio. 

Onde há o ódio há também o mal e se assim não fosse, a inveja não seria considerada um pecado. Independente da religião, sabemos que a inveja nasce no mal e se torna um vício e fonte de muitos outros males. 

É a inveja que alimenta os que roubam, porque se consideram incapazes de conquistar o que desejam pelo próprio esforço. Dizem que a inveja mata e mata mesmo. A história nos mostra que ela é destruidora, destrói um único indivíduo como toda a humanidade e também sabemos que do coração é que brota todo e qualquer sentimento. 

Portanto, está em nossas mãos decidir pelo bem ou pelo mal. Precisamos perceber as nossas inclinações perversas que obscurecem a consciência e corrompem nossa avaliação do certo e do errado, que acontecem sempre quando nos distanciamos do amor.

A inveja, uma das características negativas do mal, é invisível mas se manifesta diante da fraqueza do ser
humano. Os que vivem com o sentimento de inveja, matam as sementes do amor, da felicidade e outras tantas sementes positivas, tornando-se zumbis, escravos da obsessão e da própria escuridão. 

Eles nos fazem sofrer diariamente através das injustiças e estão presentes nas desigualdades, no orgulho, nas discórdias que ameaçam sem cessar a paz e causam as guerras. Se desejamos um mundo melhor devemos nos afastar do mal, usar o nosso livre arbítrio em favor do bem e não permitir que a cobiça seja um açoite cruel ao nosso próximo e a nós mesmos.




sexta-feira, 15 de julho de 2011

Luz no fim do túnel




Quando olhamos para nossa vida, ela parece transcorrer numa cômoda rotina. Em alguns momentos, a vida parece mais ou menos satisfatória; em outros, mais ou menos inquietante. 

E subitamente, em ondas mansas ou rápidas, emerge a necessidade de uma mudança que nasce do mais íntimo de nós mesmos ou o mundo exterior nos coloca frente a frente com ela.

Não importa o aspecto sob o qual as mudanças se apresentem, nossa vida não será mais a mesma e nós não seremos
mais os mesmos. Um novo trabalho, uma nova profissão, um novo amor, um casamento, o nascimento de um filho, uma separação ou uma mudança de casa, de país, de atitude; todos esses aspectos são fontes de desafios. 

Pode surgir o medo e as dúvidas, mas se houver força e convicção, iremos vencer os obstáculos e ter a alegria de ver um novo amanhecer. Esses são caminhos já que foram trilhados por outros e se percebermos que eles conseguiram vencer as dificuldades com a sua determinação, também podemos vencer. 

Quando queremos muito alguma coisa, todo o universo conspira para que consigamos realizar o nosso desejo. Mas não podemos esperar que apareça uma luz no fim do túnel, temos de ir até lá e acender nós mesmos... 


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Você tem medo de críticas?






Certo rabino era adorado por sua comunidade. Todos ficavam encantados com o que ele dizia, exceto Isaac, que não perdia uma chance de contradizer as interpretações do rabino e apontar falhas em seus ensinamentos. Os outros ficavam revoltados com Isaac, mas não podiam fazer nada.

Um dia, Isaac morreu. Durante o enterro, a comunidade notou que o rabino estava profundamente triste. - Por que tanta tristeza? Isaac vivia colocando defeito em tudo que o senhor dizia  – comentou alguém.  


- Não lamento o meu amigo que hoje está no céu – respondeu o rabino. Lamento a mim mesmo. Enquanto todos me reverenciavam, ele me desafiava e eu era obrigado a melhorar. Agora que ele se foi, tenho medo de parar de crescer...


sexta-feira, 8 de julho de 2011

A decisão de ser feliz




A história da humanidade é cheia de vidas desperdiçadas: amores que não geram relações enriquecedoras; talentos que não levam a carreiras de sucesso. Viver tenso e estressado está virando moda, parecendo que ser competente e estar de bem com a vida são coisas incompatíveis. 

O maior problema da humanidade tem sido a falta de metas e objetivos. Definir metas claras e ter objetivos em mente, deve ser uma conquista que otimiza tempo, trabalho e dinheiro. 

A vida flui muito melhor na simplicidade, sem neuras e preocupações desnecessárias. Cabe-nos criar espaço para desfrutar mais a viagem da vida e isso só depende de nossa decisão. 

Nem sempre nossas decisões são simpáticas aos outros, porém viver e decidir na neblina é esperar resultados que só serão conhecidos quando pouco restar a fazer. Os amigos são a melhor referência em crises e a melhor fonte de oportunidades na expansão.

Ter bons contatos é essencial em momentos decisivos. Melhor ainda é buscar alguém que possa servir como orientador nas decisões, uma pessoa de confiança, de preferência alguém mais experiente e bem sucedido. 

Campeões falam com campeões e o verdadeiro campeão sabe que as vitórias são alimentadas pelo trabalho em equipe. Quando nos aproximamos de pessoas com alegria de viver, afastando-nos de gente baixo-astral, estamos nos distanciando dos perdedores que só tocam na tecla perdedores. 

Os perdedores dizem: - Isso não é para nós. Os vencedores pensam nos meios de realizar seus objetivos. Ter amigos vencedores é um dos meios de tornar-nos um deles, por isso é fundamental ampliar os relacionamentos.

Expectativas elevadas e grandes sonhos nos dão energia para crescer. Estudar é aprimorar e a glória pertence aquele que tem um trabalho especial para oferecer. A ética é essencial e a vitória que vale é a que aumenta nossa dignidade e reafirma nossos valores profundos. Pisar nos outros para subir desperta o desejo de vingança.

Compartilhar o sucesso, mesmo as pequenas conquistas com as pessoas que nos são queridas, é um dos modos de ser grato a quem participa de nossas conquistas. Agradecer é a melhor maneira de deixar todos motivados. 

É importante celebrarmos as vitórias, gritar, chorar e encher-nos de energia para os desafios seguintes. Porém nunca devemos esquecer que ter sucesso à custa da solidão e da restrição aos sentimentos tem um alto preço: infartos e suicidios.

Preservar a sensibilidade; além de natural é mais lucrativa. Acreditar sempre no amor é um risco, mas o amor não foi
feito para covardes. Aceitar o ritmo do amor é o melhor meio de conviver. Assim como ninguém vai empolgadissimo para o trabalho todos os dias, ninguém está sempre no auge da paixão. 

Cobrar de nós mesmos e do outro um viver nas nuvens é o comeco de muita frustração. Ficar mostrando as dificuldades do outro ou lembrando suas fraquezas diante dos amigos não tem graça. Se estamos juntos de alguém, é para jogar no mesmo time.

Quem está sofrendo por amor, tem apenas duas possibilidades: ou está com a pessoa errada ou amando de uma forma
ruim. Alimentar relacionamentos que só trazem sofrimento e masoquismo atrapalham a vida. 

Melhor é dizer adeus a quem não merece, abrindo espaço para que os dois possam seguir a própria vida e serem felizes. Numa separação é saudável curtir a dor, mas também abrir-se para outro amor. O ser humano não foi feito para a solidão e casamento só dá certo para quem não é dependente.

E quem está sozinho pode curtir a própria companhia, aprendendo a viver feliz mesmo sem uma pessoa ao lado. Se não tem
com quem ir ao cinema, vá com a pessoa mais fascinante: você! 

Quem fica a noite em casa sozinho só terá de decidir que pizza pedir; o único risco será o de engordar. Cuidar bem do corpo, alimentar-se e dormir bem são fundamentais para uma vida saudável. Nosso corpo é nosso templo e gostar de nós mesmos abre portas para que os outros gostem também.

Cada vez mais as pessoas devem exercer seu direito de buscar o que
querem, sobretudo no amor. O amor é um jogo cooperativo; elegância e bom senso são fundamentais. Se ama, declare o seu amor. 

Se você quer continuar com uma pessoa, enterre o passado para viver feliz. Todo mundo erra; saiba perdoar. Ore antes de dormir; faz bem ao sono e à alma. Converse com Deus; especialmente para agradecer...




sexta-feira, 1 de julho de 2011

Você acredita em bruxas?





Com certeza, todos nós quando pequenos já tenhamos lido alguma estória que tinha uma bruxa má. Você acredita em bruxas? Pois saiba que elas existem e elas nos perseguem. 

Elas são a preguiça viciosa, o medo, a indecisão, a dúvida, a suspeita, o preconceito e as limitações que encontramos pela vida. Você mata a bruxa do Leste e aparece a do Oeste.

Elas estão nos desafios constantes a que somos submetidos quando nos deixamos dominar pela falta de motivação ou
pela inconstância de objetivos. Elas estão naqueles que mais nos criticam do que nos ajudam. 

Elas estão naqueles que tentam evitar que realizemos os nossos sonhos e desejos desestimulando-nos. Elas estão nos amigos que só querem saber de baladas e distração. Diz o livro de Provérbios: "Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal."

E como podemos combater essas bruxas? Elas estão em cada esquina, são cruéis e frias se permitirmos que elas nos
domine. Não importa o que você ama, o que você curte, a sua cor, raça, cultura ou opção sexual, apenas seja feliz da sua maneira, aceite-se e confie em si mesmo. 

Cada pessoa é como uma estrela que tem luz própria. Acima de qualquer obstáculo, permita-se brilhar. Joanne Kathleen Rowling, autora dos livros de Harry Potter, antes de escrever os livros dependia do governo para viver. Hoje ela é uma das mulheres mais ricas da Inglaterra.

Nunca deixe de fazer o que você gosta, não se esconda, não cale-se diante da ignorância e da injustiça, não se
envergonhe e tenha orgulho diante de si mesmo. Jamais prive seu sorriso ou renegue a sua felicidade por conta de opiniões absurdas e idiotas, porque o melhor lugar para se guardar o preconceito é sob os pés, pisando nele a cada passo que se dá. Você é a maior fonte de sua própria alegria, portanto, sorria...



domingo, 19 de junho de 2011

Lições para aprender





Não existem tragédias, apenas lições mais difíceis de se aprender. A vida é uma escola muito rica de ensinamentos. Você olha um passarinho rompendo a casca do ovinho e aprende a romper as suas limitações. 

Você vê o céu escurecer e clarear e aprende que tudo passa. Você vê um cachorro seguindo um bêbado, dormindo com ele ao relento e aprende a lealdade. Você vê a atividade de um formigueiro e aprende a cooperação. 

Você vê um joão-de-barro construindo sua casa e aprende o valor do trabalho. Você abre a janela do quarto e a luz toma conta do aposento, convidando a abrir seu coração para o amor.

Cada acontecimento, cada alegria e cada tristeza, é uma lição. Não para você se perder em lamentação quando algo aparentemente terrível acontece, porque Deus tem um objetivo muito maior: que você se torne melhor, mais sábio e forte, mais dono de si e mais irmão de seu irmão. Não existem tragédias, apenas lições mais difíceis de se aprender...



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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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