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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Emoções e autocontrole







Lidar com as emoções, manter autocontrole e saber agir adequadamente a cada momento não é tarefa fácil. Quem nunca fez algo e se arrependeu logo depois? 

Quantas vezes falamos ou tomamos certas atitudes, que depois pensando bem chegamos à conclusão que não deveríamos ter feito ou falado? 

Quantas vezes saímos fazendo compras, para depois chegar em casa e constatar a besteira que fizemos comprando algo que nem vamos usar ou que gastamos mais do que devíamos?


Dentro de cada um de nós 
moram dois "Eus" 
que não se conhecem muito bem.


A lista de atitudes e comportamentos levianos é imensa. E porque erramos em nossas escolhas? Simples; falta de observação. Ainda que não tenhamos consciência disso, dentro de cada um de nós moram dois "Eus" que não se conhecem muito bem. 

Quando o nosso "Eu" consciente está em cena, somos mais capazes de pensar com clareza e lógica. Mas quando nos deixamos dominar pela euforia ou pelo medo, o outro "Eu" assume o comando e pode nos levar a fazer grandes besteiras.

capacidade de pensar, julgar e escolher




A capacidade de pensar, julgar e escolher de forma racional está ligada ao córtex pré-frontal, que é a parte anterior do lobo frontal do cérebro ou testa.

Essa região cerebral permite que possamos planejar o que vamos fazer, julgar o que certo ou errado, escolher o que é melhor ou pior, fazer escolhas e prever as consequências e resultados de nossas ações. 

Provavelmente você já deve percebido que algumas pessoas costumam passar as mãos na testa quando estão raciocinando.


Emoções e reações




Já nossas emoções e reações estão relacionadas ao sistema nervoso simpático, que acelera os batimentos cardíacos, dilata os brônquios, causa transpiração, dilata as pupilas, constringe os vasos sanguíneos, aumenta a pressão sanguínea e o peristaltismo do esôfago, diminui a motilidade do intestino grosso e deixam os pelos do corpo arrepiados.

As mensagens que chegam ao sistema podem transmitir sensações como frio, calor, raiva, dor e até provocar um ataque cardíaco. Toda emoção gera uma carga muito pesada para o corpo. E quando somos tomados pelas emoções, o nosso sistema nervoso simpático e nossa amígdala cerebral tomam a frente e nosso segundo “Eu” passa a comandar nossas ações.

Entra em cena uma enxurrada de hormônios. Nosso córtex pré-frontal se fecha e nos tornamos míopes para o bom senso reagindo de forma instintiva e primitiva. A fisiologia nos mobiliza para atacar ou fugir. Isso é positivo quando estamos numa situação de risco, mas quando é preciso pensar e analisar as situações se torna um problema.

Quando perdemos a capacidade de reflexão, que a maioria nem percebe, ficamos a mercê de comportamentos tolos. Depois nem sabemos explicar o porquê. Quando os hormônios do estresse cessam de circular pelo seu corpo, retorna a nossa capacidade de raciocinar. 

Em vez de assumir a responsabilidade pelo que fazem, muitos costumam querer justificar o comportamento leviano, ou seja, perdem a oportunidade de aprender com os próprios erros.





Agir por emoção 
pode ser lindo no cinema, 
mas na vida real 
nem sempre traz bons resultados...


É recomendável estarmos sempre atentos às nossas emoções. Ao percebermos que elas começam a nos dominar, deixando os nossos batimentos cardíacos mais acelerados, nossa respiração tensa e começarmos a sentir tensão no maxilar, esse é o sinal para não permitirmos que o nosso juízo se perca. A princípio pode parecer difícil, mas com treino se torna fácil. 

  • Respire fundo. 
  • Inspire pelo nariz contando até 3. 
  • Depois expire devagar e conte até 6.

E toda vez que você sentir que a ansiedade está chegando, comece a aquietar o seu corpo tenso. Assim terá mais controle de si e saberá se comportar em cada momento. 

Escolhas conscientes estão relacionadas à capacidade de raciocinar. Não deixe que seu cérebro se torne uma criatura sem comando, porque o cérebro tende a escolher o caminho mais fácil, que nem sempre é o melhor.

Outro fato é que um cérebro sobrecarregado de informações e preocupações nem sempre funciona adequadamente. Por isso é importante anotar o que é necessário recordar e fazer, deixando a mente livre para pensar.

Distrair, rir, divertir, descansar e ter boas horas de sono também ajudam, mas principalmente respirar e alimentar bem. O cérebro vive a base de glicose e oxigênio; comer carboidratos ajudam no processo. Ter autocontrole não é fácil; é preciso treino e prática constante. Agir por emoção por ser lindo no cinema, mas na vida real nem sempre traz bons resultados...




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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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