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segunda-feira, 29 de julho de 2019

Eu quero, eu posso, eu consigo




Existem pessoas que por algum motivo já nascem tocando piano. Outras nascem sabendo desenhar sem nunca ter aprendido. E ainda existem aquelas que pintam quadros maravilhosos sem que ninguém lhes tenha ensinado. 

Ótimo! São pessoas que nasceram com uma capacidade já desenvolvida. Mas se você não nasceu com esses dons de berço, saiba que você pode se tornar o que você quiser, basta querer.

Quando você quer uma coisa de verdade, nada tem o poder de destruir o seu querer, a não ser você mesmo. Porque a base de qualquer coisa está no seu desejo de realizar. Você pode encontrar obstáculos e adversidades, mas se você quiser fazer algo, essas dificuldades irão servir como um trampolim para você chegar onde quiser.

Existe um conceito que diz: "Eu quero, eu posso, eu consigo". Logicamente você não vai querer que numa madrugada chuvosa, no meio de uma estrada deserta, apareça um taxi, só porque você desejou. Realizar um desejo requer que você decida por ele, trace um plano de ação e comece a suar a camisa para consegui-lo, sem desistir diante do primeiro obstáculo.

Você pode encontrar portas fechadas, mas se olhar para os lados vai encontrar várias janelas abertas que irão lhe dar informação sobre como abrir a porta, sem derrubá-la, ou lhe dirão onde encontrar outras portas abertas. 

Você terá à sua frente inúmeros testes e provas, enfrentará chuvas e tempestades. Algumas vezes terá a sensação de estar faminto e sedento num deserto, mas isso não importa. A sua decisão e determinação lhe levarão onde você quer.

Não espere incentivos de ninguém; é você quem deve se incentivar. Não espere ser motivado; é você quem tem que saber os seus motivos. E mesmo que não pareça importante para outros, seus motivos são os mais importantes. 

Logicamente problemas sempre existirão em sua vida, e para cada um há sempre uma solução ou várias soluções. Você até pode rejeitar diversas soluções, mas se não concorda pelo menos com uma solução, só existe uma conclusão: 


ou você é parte do problema 
ou você é parte da solução. 


É você quem decide de que lado quer ficar. E se o problema não tem solução, então solucionado está, deixa de ser um problema para se tornar algo real, com o qual você terá de aprender a conviver.

Uma das grandes virtudes das pessoas de sucesso é a capacidade de recomeçar. Se algo não funciona, às vezes o problema está na base, e você tem que começar tudo novamente. 

Mas até nisso você leva vantagem, porque já conhece os caminhos para chegar no ponto em que parou, evitando os erros que cometeu anteriormente. Isso é sua capacidade de aprendizado.

Esteja aberto para aprender, reaprender, mudar, transformar, sem no entanto se desgastar. Isso se chama resiliência. A resiliência é uma propriedade que define a resistência de um material ao choque; uma resistência ao sofrimento, uma capacidade de resistir aos embates de natureza psicológica, como impulso de reparação psíquica que nasce desta resistência. (Leia sobre Resiliência neste blog)

Seu grande desafio é assumir a responsabilidade pelo que você deseja e ter disposição para buscar todas as condições necessárias para realizar. Se precisa de ajuda, peça ajuda. Contrate um profissional que possa realizar as partes que estão fora de sua competência e cerque-se de pessoas confiáveis e proativas.

Tenha auto-liderança, seja o supervisor de si mesmo. Verifique onde você está gastando seu tempo e seu dinheiro. Se comprometa com a auto-organização de horários, materiais e hábitos. Cuide para que você esteja bem de saúde. 

Dê a si mesmo bons conselhos para uma vida saudável. Deixe de se preocupar com coisinhas pequenas. Corrija o que não funciona, antes que se torne uma preocupação maior. 

Traga a responsabilidade de sua vida para as suas próprias mãos, assuma o controle. Não permita estar condicionado às opções dos outros. Tenha sua própria opção de vida. 

Quando as coisas são realmente importantes, elas devem atender primeiro às suas necessidades e proporcionar os resultados esperados. Sua autoconfiança e sua autoestima aumentam quando você consegue realizar algo a que se propõe. 

Não procure uma desculpa para não fazer algo; pergunte-se o que é preciso para fazê-lo, e faça. Primeiro: é você tem que acreditar nos seus sonhos. Depois, apaixone-se por seu projeto. 

Tenha entusiasmo para levá-lo adiante. Assuma o compromisso com você mesmo e não tenha medo. Se alguém achar que o seu sonho é grande demais, então você tem a certeza de que ele está na medida certa. 

A vida é daqueles que se arriscam, porque existem no mundo três tipos de pessoas: aquelas que deixam acontecer, aquelas que fazem acontecer, e aquelas que perguntam: - O que aconteceu?...


Os únicos limites do homem são:
o tamanho das suas ideias 
e o grau da sua dedicação!







quinta-feira, 25 de julho de 2019

Isso é ser humano...





Crescemos aprendendo que o certo é ser bonzinho. Que temos de levar tudo na esportiva, não criticarmos as pessoas, não sentirmos raiva e sermos doces o tempo inteiro. 

Nos ensinam que devemos reagir a ataques com paciência, compreensão e perdão, sem nos irritarmos e nem elevarmos a voz. Que devemos sempre ver o lado bom dos acontecimentos, engolirmos sapos etc. Pode até ser um modo correto de conviver, porém isso não nos faz bem. 

Você até pode tentar viver assim durante algum tempo, porém vai chegar uma hora que se sentirá sufocado. As palavras não ditas começam a se acumular dentro do nosso ser. As raivas repreendidas, os desgostos disfarçados, as contrariedades represadas, tudo isso depois de um tempo começa a reverberar dentro do nosso corpo e vira um vulcão prestes a entrar em erupção. E, se não fizermos nada, de uma hora para outra a coisa pode explodir e causar um grande estrago, tanto no físico, quanto no estado emocional e social.

Não querendo nos indispor com os outros, acabamos nos indispondo com nós mesmos, com o nosso coração, com a nossa alma e com a vida. Quantas vezes, querendo manter nossa postura de “boas pessoas”, não conseguimos dizer “não” para nada. 

Não conseguimos defender nossos pontos de vista. Não conseguimos manifestar as nossas vontades. Não conseguimos fazer valer os nossos anseios. Será que vale mais não chatear os outros e viver frustrado, contrariado e amargurado?

É preciso ter em mente que, se não nos manifestarmos, ninguém irá adivinhar o que desejamos. Se não fizermos, ninguém vai lutar pelos nossos sonhos. A vida é imprevisível e, se ficarmos adiando indefinidamente tomar as rédeas e escolher o nosso próprio caminho, pode ser que não dê tempo quando resolvermos agir. 

Nascemos para viver a nossa vida e não a dos outros. Pessoas felizes e bem resolvidas consigo mesmas e com as suas vontades, podem ser bem legais com os outros também.

Somos seres humanos e sentir emoções dos mais variados tipos faz parte da nossa natureza. Se fossemos perfeitos, não necessitaríamos estar aqui experienciando a vida. Precisamos sentir e aprender a lidar com os nossos sentimentos. 

Evoluímos quando organizamos as dores, as angústias, as euforias, as raivas e as alegrias que, invariavelmente, emergem no nosso interior. E como fazer isso? Não negando as emoções que surgirem e nem as censurando. 

Não enfie tudo para debaixo do tapete. Não se culpe pelos sentimentos negativos. Não se crucifique e nem se culpe por não ser bonzinho o tempo inteiro com os outros. 

Em todos os momentos, primeiramente precisamos ser amorosos com nós mesmos. É claro que não precisamos sair vomitando coisas em cima das pessoas. Não, não é esse o caminho. Mas você pode falar o que lhe desagrada de uma forma respeitosa. 

A maior parte das emoções não positivas pode ser processada e nos trazer alívio quando, simplesmente, as expressamos de alguma forma. Escreva o que sente. Conte para um amigo ou converse com um terapeuta. Chore, dance, faça exercícios físicos. Esses são modos de desabafar. Importante é permitir sentir. 

Não somos santos, nem super-heróis ou uma rocha dura e impenetrável. Não se culpe por sentir, eventualmente, “coisas ruins”. Se acolha e agradeça por conseguir enxergar as suas sombras e ter a oportunidade de transcendê-las. Se ame de forma permanente e incondicional. Isso é ser humano... 




segunda-feira, 8 de julho de 2019

A vaidade é má conselheira





Certa manhã o poderoso sultão El-Khamir mandou vir à sua presença o prefeito da cidade e lhe disse: – Prefeito, casualmente me levantei nessa noite e cheguei à janela. Ao longe avistei, no meio da escuridão da cidade, uma pequena luz azul muito viva e brilhante. Estou intrigado e desejo saber quem passou a noite a velar. Ordeno-lhe que abra rigoroso inquérito a fim de apurar a razão dessa vigília.

O prefeito se inclinou e disse: - Respeitosamente senhor, parece-me inútil esse inquérito. Cumpre-me dizer que aquela luz provinha do oratório da minha casa! 

Diante do espanto indisfarçável do sultão, ele acrescentou: – Eu e minha família passamos a noite em orações, pedindo a Deus pela preciosa saúde de vossa majestade! 

Surpreso disse o sultão: – Obrigado, meu bom amigo. Em muito tenho sua amizade e dedicação! Saberei corresponder aos seus cuidados.

Assim que o prefeito se retirou, o sultão mandou chamar seu Grão-vizir, que tinha na corte as funções de ministro. Disse o sultão: – Meu caro ministro, resolvi recompensar com mil dinares de ouro o prefeito da cidade. 

O ministro espantado disse: – Mil dinares de ouro! Por Allah! É muito dinheiro! – Que fez o prefeito para merecer tão grande quantia? 

O sultão narrou com a maior simplicidade o caso da luz azul e justificou a doação. Porém disse o ministro: – Permita-me ponderar, mas o soberano está sendo iludido por esse homem indigno. Posso provar que o prefeito não tem família e apenas ora na mesquita quando é obrigado. Vive miseravelmente, como um avarento, em um sórdido casebre para além do bairro judeu.

O soberano ficou surpreso e insistiu: – Mas… e a pequena luz azul? Logo o ministro contraveio: – Vejo-me obrigado a confessar a verdade. A pequena luz azul vista por vossa majestade, era a lâmpada de azeite que ilumina a minha sala de estudos. Passei a noite acordado cogitando acerca dos graves problemas e das múltiplas questões que vossa majestade deve resolver na audiência de hoje! Juro que é a verdade!

Radioso o ingênuo soberano falou: – Grande e esforçado amigo! Como admiro esse seu amor ao cumprimento do dever! E, jubiloso, disse-lhe: – Tereis brevemente uma recompensa digna da vossa dedicação! 

Mal se retirara o ministro, mandou o soberano chamar o general das tropas e contou-lhe que estava resolvido a conceder o título de xeique ao seu digno ministro. Por isso o general deveria destacar quinhentos soldados para ficar permanentemente à disposição do novo dignitário do Hedjaz.

Sem nada ocultar, contou a história da luz azul. Logo o general disse: – E vossa majestade acreditou nas falsas palavras do ministro? Peço especial permissão para provar que esse audacioso vizir mentiu como um infiel! Vejo-me agora obrigado a revelar que a pequena luz azul que atraiu a atenção de vossa majestade provinha apenas da minha tenda de campanha! Diante de um provável levante revolucionário, tive receio de que viessem atacar o palácio real e para garantir a vida do soberano e fiquei acampado nas cercanias da cidade. Exclamou o sultão: - Por Deus! Que valentia! Tereis brevemente uma recompensa digna da vossa dedicação!

Assim que o general se despediu, o sultão cogitou conceder ao general o título de príncipe de Hedjaz. Porém pensou que tamanha dedicação mereceria muito mais, por isso resolveu consultar o seu velho mestre e conselheiro. 

O velho sábio ponderou: – Na minha fraca opinião, vossa majestade não deve acreditar nem no prefeito, nem no ministro, nem no general. Creio que a tal luz azul provém do novo farol de El-Basin, que indica aos navegantes a entrada do porto, assegurando-lhes o bom caminho em noites de tormenta. 

Quando chegou a noite, o sultão foi verificar a tal luz do farol. Ao estender o olhar sobre o panorama da cidade, uma surpresa estranha o aguardava. Como todos já tinham conhecimento das prometidas recompensas, a cidade surgiu naquela noite, extraordinariamente iluminada por luzes azuis. Então o crédulo soberano compreendeu, que para cada súdito honesto e honrado de seu reino, havia um milhão de mentirosos e bajuladores...




Moral da estória

Tenha em mente que a vaidade é má conselheira. 
Se um líder incentiva o oportunismo dos bajuladores de plantão,
 perde a oportunidade de incentivar um bom trabalho... 
(Conto de Malba Tahan)



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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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