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quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Retrospectiva de 2019




Adeus, Ano Velho… Feliz Ano Novo!
Que tudo se realize no ano que vai nascer…
muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender!” 


Quem nunca cantou essa canção na virada de ano? Toda vez que escuto me dá um aperto na garganta e não seguro o choro. Imagino que para a maioria das pessoas não seja muito diferente. 

Muitas vezes, acompanhados da família, de alguém amado ou de amigos, brindamos a chegada do novo ano. Além da música tradicional e do brinde com champanhe, tem outra coisa que a maioria dos brasileiros adora fazer: acompanhar a retrospectiva do ano pela televisão. 

Como sempre a retrospectiva vista na TV relembra fatos importantes e conquistas, mas também vem recheada de fofocas de famosos e muitas tragédias. A retrospectiva desse ano vai querer relembrar todas as dores do ano, perdas e os desastres naturais. 

Você há de concordar que não é o programa mais interessante do mundo e nem serve para nos inspirar para um novo ano. Já diziam os antigos sábios: "A vida tende a te dar tudo que você pensa e sente"... 

Então para que relembrar de fatos chocantes que nos fizeram chorar. Para que falar de guerras, violência, fracassos, desastres e catástrofes, se desejamos que nada disso aconteça novamente. Para que voltar a sentir as mesmas emoções tristes, já que estamos começando um novo tempo para o qual desejamos só alegrias. 
  
Então eu te convido para uma retrospectiva diferente: vamos agradecer. Você pode até duvidar, mas à medida que você agradece, o universo tende a conspirar a seu favor. 

Se você começar a registrar a partir de hoje tudo pelo qual você se sente grato, daqui há alguns anos verá que teve muito mais para agradecer do que para se lamentar. Não fale de crises, mas sim da força para superar obstáculos. 

Convide seus amigos e familiares para escreverem num papel a gratidão por algo que tenham obtido e jogarem dentro de um pote, que só será aberto no último dia do ano. 

Ao abrir o pote vocês poderão fazer a retrospectiva do ano lendo todas as bênçãos que receberam. Feito isso, façam uma fogueira que irá levar para o universo todos esses agradecimentos.

Abra seu ano com gratidão! Se puder compartilhar essa singela ideia, você poderá transformar o mundo. Vamos fazer uma retrospectiva utilizando vibrações positivas.

Conectados com tudo de bom que aconteceu e vibrando juntos com as conquistas dos amigos e familiares, estaremos abrindo possibilidades para que mais coisas boas aconteçam e realmente estejamos felizes no Ano Novo!






quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Hoje é dia de semear boas sementes...





A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso, que a ideia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver. Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existência as mais diversas formas de sementes.

Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós, será plantação que poderá ser vista de longe... Para cada dia, o seu empenho. 

A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que "debaixo do céu há um tempo para cada coisa!"  Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama. Tudo será determinante para a colheita futura. 

Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra que somos, frutos que sejam agradáveis aos olhos! Infelicidade, talvez seja o contrário. O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo. 

Sempre é tempo de lançar sementes... Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje. Sementes de hoje, frutos de amanhã! Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra. 

Cuidado com os semeadores que não lhe amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas. Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores... 

Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você, afinal, você merece muito mais que qualquer coisa. Cuidado com os amores passageiros; eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam... 

Cuidado com os invasores do seu corpo; eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem... Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar; eles costumam lhe fazer esquecer que você vale à pena... 

Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí; elas costumam estragar o nosso referencial da verdade... Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos; elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo. 

Não tenha medo de se olhar no espelho. É nessa cara safada que você tem, que Deus resolveu expressar mais uma vez, o amor que Ele tem pelo mundo. Não desanime de você. 

Ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz, não coloque um ponto final nas suas esperanças. Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar e o que amar nessa vida. 

Ao invés de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito. A vida ainda não terminou. Já dizia o poeta "que os sonhos não envelhecem..." 

Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões. Deus resolveu reformar o mundo e escolheu o seu coração para iniciar a reforma. Isso prova que Ele ainda acredita em você. E se Ele ainda acredita, quem sou eu para duvidar...

Texto de Padre Fábio de Melo



segunda-feira, 29 de julho de 2019

Eu quero, eu posso, eu consigo




Existem pessoas que por algum motivo já nascem tocando piano. Outras nascem sabendo desenhar sem nunca ter aprendido. E ainda existem aquelas que pintam quadros maravilhosos sem que ninguém lhes tenha ensinado. 

Ótimo! São pessoas que nasceram com uma capacidade já desenvolvida. Mas se você não nasceu com esses dons de berço, saiba que você pode se tornar o que você quiser, basta querer.

Quando você quer uma coisa de verdade, nada tem o poder de destruir o seu querer, a não ser você mesmo. Porque a base de qualquer coisa está no seu desejo de realizar. Você pode encontrar obstáculos e adversidades, mas se você quiser fazer algo, essas dificuldades irão servir como um trampolim para você chegar onde quiser.

Existe um conceito que diz: "Eu quero, eu posso, eu consigo". Logicamente você não vai querer que numa madrugada chuvosa, no meio de uma estrada deserta, apareça um taxi, só porque você desejou. Realizar um desejo requer que você decida por ele, trace um plano de ação e comece a suar a camisa para consegui-lo, sem desistir diante do primeiro obstáculo.

Você pode encontrar portas fechadas, mas se olhar para os lados vai encontrar várias janelas abertas que irão lhe dar informação sobre como abrir a porta, sem derrubá-la, ou lhe dirão onde encontrar outras portas abertas. 

Você terá à sua frente inúmeros testes e provas, enfrentará chuvas e tempestades. Algumas vezes terá a sensação de estar faminto e sedento num deserto, mas isso não importa. A sua decisão e determinação lhe levarão onde você quer.

Não espere incentivos de ninguém; é você quem deve se incentivar. Não espere ser motivado; é você quem tem que saber os seus motivos. E mesmo que não pareça importante para outros, seus motivos são os mais importantes. 

Logicamente problemas sempre existirão em sua vida, e para cada um há sempre uma solução ou várias soluções. Você até pode rejeitar diversas soluções, mas se não concorda pelo menos com uma solução, só existe uma conclusão: 


ou você é parte do problema 
ou você é parte da solução. 


É você quem decide de que lado quer ficar. E se o problema não tem solução, então solucionado está, deixa de ser um problema para se tornar algo real, com o qual você terá de aprender a conviver.

Uma das grandes virtudes das pessoas de sucesso é a capacidade de recomeçar. Se algo não funciona, às vezes o problema está na base, e você tem que começar tudo novamente. 

Mas até nisso você leva vantagem, porque já conhece os caminhos para chegar no ponto em que parou, evitando os erros que cometeu anteriormente. Isso é sua capacidade de aprendizado.

Esteja aberto para aprender, reaprender, mudar, transformar, sem no entanto se desgastar. Isso se chama resiliência. A resiliência é uma propriedade que define a resistência de um material ao choque; uma resistência ao sofrimento, uma capacidade de resistir aos embates de natureza psicológica, como impulso de reparação psíquica que nasce desta resistência. (Leia sobre Resiliência neste blog)

Seu grande desafio é assumir a responsabilidade pelo que você deseja e ter disposição para buscar todas as condições necessárias para realizar. Se precisa de ajuda, peça ajuda. Contrate um profissional que possa realizar as partes que estão fora de sua competência e cerque-se de pessoas confiáveis e proativas.

Tenha auto-liderança, seja o supervisor de si mesmo. Verifique onde você está gastando seu tempo e seu dinheiro. Se comprometa com a auto-organização de horários, materiais e hábitos. Cuide para que você esteja bem de saúde. 

Dê a si mesmo bons conselhos para uma vida saudável. Deixe de se preocupar com coisinhas pequenas. Corrija o que não funciona, antes que se torne uma preocupação maior. 

Traga a responsabilidade de sua vida para as suas próprias mãos, assuma o controle. Não permita estar condicionado às opções dos outros. Tenha sua própria opção de vida. 

Quando as coisas são realmente importantes, elas devem atender primeiro às suas necessidades e proporcionar os resultados esperados. Sua autoconfiança e sua autoestima aumentam quando você consegue realizar algo a que se propõe. 

Não procure uma desculpa para não fazer algo; pergunte-se o que é preciso para fazê-lo, e faça. Primeiro: é você tem que acreditar nos seus sonhos. Depois, apaixone-se por seu projeto. 

Tenha entusiasmo para levá-lo adiante. Assuma o compromisso com você mesmo e não tenha medo. Se alguém achar que o seu sonho é grande demais, então você tem a certeza de que ele está na medida certa. 

A vida é daqueles que se arriscam, porque existem no mundo três tipos de pessoas: aquelas que deixam acontecer, aquelas que fazem acontecer, e aquelas que perguntam: - O que aconteceu?...


Os únicos limites do homem são:
o tamanho das suas ideias 
e o grau da sua dedicação!







quinta-feira, 25 de julho de 2019

Isso é ser humano...





Crescemos aprendendo que o certo é ser bonzinho. Que temos de levar tudo na esportiva, não criticarmos as pessoas, não sentirmos raiva e sermos doces o tempo inteiro. 

Nos ensinam que devemos reagir a ataques com paciência, compreensão e perdão, sem nos irritarmos e nem elevarmos a voz. Que devemos sempre ver o lado bom dos acontecimentos, engolirmos sapos etc. Pode até ser um modo correto de conviver, porém isso não nos faz bem. 

Você até pode tentar viver assim durante algum tempo, porém vai chegar uma hora que se sentirá sufocado. As palavras não ditas começam a se acumular dentro do nosso ser. As raivas repreendidas, os desgostos disfarçados, as contrariedades represadas, tudo isso depois de um tempo começa a reverberar dentro do nosso corpo e vira um vulcão prestes a entrar em erupção. E, se não fizermos nada, de uma hora para outra a coisa pode explodir e causar um grande estrago, tanto no físico, quanto no estado emocional e social.

Não querendo nos indispor com os outros, acabamos nos indispondo com nós mesmos, com o nosso coração, com a nossa alma e com a vida. Quantas vezes, querendo manter nossa postura de “boas pessoas”, não conseguimos dizer “não” para nada. 

Não conseguimos defender nossos pontos de vista. Não conseguimos manifestar as nossas vontades. Não conseguimos fazer valer os nossos anseios. Será que vale mais não chatear os outros e viver frustrado, contrariado e amargurado?

É preciso ter em mente que, se não nos manifestarmos, ninguém irá adivinhar o que desejamos. Se não fizermos, ninguém vai lutar pelos nossos sonhos. A vida é imprevisível e, se ficarmos adiando indefinidamente tomar as rédeas e escolher o nosso próprio caminho, pode ser que não dê tempo quando resolvermos agir. 

Nascemos para viver a nossa vida e não a dos outros. Pessoas felizes e bem resolvidas consigo mesmas e com as suas vontades, podem ser bem legais com os outros também.

Somos seres humanos e sentir emoções dos mais variados tipos faz parte da nossa natureza. Se fossemos perfeitos, não necessitaríamos estar aqui experienciando a vida. Precisamos sentir e aprender a lidar com os nossos sentimentos. 

Evoluímos quando organizamos as dores, as angústias, as euforias, as raivas e as alegrias que, invariavelmente, emergem no nosso interior. E como fazer isso? Não negando as emoções que surgirem e nem as censurando. 

Não enfie tudo para debaixo do tapete. Não se culpe pelos sentimentos negativos. Não se crucifique e nem se culpe por não ser bonzinho o tempo inteiro com os outros. 

Em todos os momentos, primeiramente precisamos ser amorosos com nós mesmos. É claro que não precisamos sair vomitando coisas em cima das pessoas. Não, não é esse o caminho. Mas você pode falar o que lhe desagrada de uma forma respeitosa. 

A maior parte das emoções não positivas pode ser processada e nos trazer alívio quando, simplesmente, as expressamos de alguma forma. Escreva o que sente. Conte para um amigo ou converse com um terapeuta. Chore, dance, faça exercícios físicos. Esses são modos de desabafar. Importante é permitir sentir. 

Não somos santos, nem super-heróis ou uma rocha dura e impenetrável. Não se culpe por sentir, eventualmente, “coisas ruins”. Se acolha e agradeça por conseguir enxergar as suas sombras e ter a oportunidade de transcendê-las. Se ame de forma permanente e incondicional. Isso é ser humano... 




segunda-feira, 8 de julho de 2019

A vaidade é má conselheira





Certa manhã o poderoso sultão El-Khamir mandou vir à sua presença o prefeito da cidade e lhe disse: – Prefeito, casualmente me levantei nessa noite e cheguei à janela. Ao longe avistei, no meio da escuridão da cidade, uma pequena luz azul muito viva e brilhante. Estou intrigado e desejo saber quem passou a noite a velar. Ordeno-lhe que abra rigoroso inquérito a fim de apurar a razão dessa vigília.

O prefeito se inclinou e disse: - Respeitosamente senhor, parece-me inútil esse inquérito. Cumpre-me dizer que aquela luz provinha do oratório da minha casa! 

Diante do espanto indisfarçável do sultão, ele acrescentou: – Eu e minha família passamos a noite em orações, pedindo a Deus pela preciosa saúde de vossa majestade! 

Surpreso disse o sultão: – Obrigado, meu bom amigo. Em muito tenho sua amizade e dedicação! Saberei corresponder aos seus cuidados.

Assim que o prefeito se retirou, o sultão mandou chamar seu Grão-vizir, que tinha na corte as funções de ministro. Disse o sultão: – Meu caro ministro, resolvi recompensar com mil dinares de ouro o prefeito da cidade. 

O ministro espantado disse: – Mil dinares de ouro! Por Allah! É muito dinheiro! – Que fez o prefeito para merecer tão grande quantia? 

O sultão narrou com a maior simplicidade o caso da luz azul e justificou a doação. Porém disse o ministro: – Permita-me ponderar, mas o soberano está sendo iludido por esse homem indigno. Posso provar que o prefeito não tem família e apenas ora na mesquita quando é obrigado. Vive miseravelmente, como um avarento, em um sórdido casebre para além do bairro judeu.

O soberano ficou surpreso e insistiu: – Mas… e a pequena luz azul? Logo o ministro contraveio: – Vejo-me obrigado a confessar a verdade. A pequena luz azul vista por vossa majestade, era a lâmpada de azeite que ilumina a minha sala de estudos. Passei a noite acordado cogitando acerca dos graves problemas e das múltiplas questões que vossa majestade deve resolver na audiência de hoje! Juro que é a verdade!

Radioso o ingênuo soberano falou: – Grande e esforçado amigo! Como admiro esse seu amor ao cumprimento do dever! E, jubiloso, disse-lhe: – Tereis brevemente uma recompensa digna da vossa dedicação! 

Mal se retirara o ministro, mandou o soberano chamar o general das tropas e contou-lhe que estava resolvido a conceder o título de xeique ao seu digno ministro. Por isso o general deveria destacar quinhentos soldados para ficar permanentemente à disposição do novo dignitário do Hedjaz.

Sem nada ocultar, contou a história da luz azul. Logo o general disse: – E vossa majestade acreditou nas falsas palavras do ministro? Peço especial permissão para provar que esse audacioso vizir mentiu como um infiel! Vejo-me agora obrigado a revelar que a pequena luz azul que atraiu a atenção de vossa majestade provinha apenas da minha tenda de campanha! Diante de um provável levante revolucionário, tive receio de que viessem atacar o palácio real e para garantir a vida do soberano e fiquei acampado nas cercanias da cidade. Exclamou o sultão: - Por Deus! Que valentia! Tereis brevemente uma recompensa digna da vossa dedicação!

Assim que o general se despediu, o sultão cogitou conceder ao general o título de príncipe de Hedjaz. Porém pensou que tamanha dedicação mereceria muito mais, por isso resolveu consultar o seu velho mestre e conselheiro. 

O velho sábio ponderou: – Na minha fraca opinião, vossa majestade não deve acreditar nem no prefeito, nem no ministro, nem no general. Creio que a tal luz azul provém do novo farol de El-Basin, que indica aos navegantes a entrada do porto, assegurando-lhes o bom caminho em noites de tormenta. 

Quando chegou a noite, o sultão foi verificar a tal luz do farol. Ao estender o olhar sobre o panorama da cidade, uma surpresa estranha o aguardava. Como todos já tinham conhecimento das prometidas recompensas, a cidade surgiu naquela noite, extraordinariamente iluminada por luzes azuis. Então o crédulo soberano compreendeu, que para cada súdito honesto e honrado de seu reino, havia um milhão de mentirosos e bajuladores...




Moral da estória

Tenha em mente que a vaidade é má conselheira. 
Se um líder incentiva o oportunismo dos bajuladores de plantão,
 perde a oportunidade de incentivar um bom trabalho... 
(Conto de Malba Tahan)



sexta-feira, 14 de junho de 2019

Erotomania, um transtorno delirante de amor...





Você conhece uma pessoa e logo se sente como se estivesse nas nuvens. Mesmo que não haja nenhum vínculo, você passa a acreditar que é amada, principalmente se a outra pessoa tem uma posição social mais elevada ou que, de alguma maneira, parece inatingível. Embora você possa acreditar que está apaixonada, na verdade você está sofrendo de um transtorno psicológico chamado Erotomania. 

Também conhecida como Síndrome de Clérambault, essa convicção delirante costuma se manifestar em mulheres por volta dos 30 anos, havendo alguns poucos casos em homens. Geralmente esse transtorno acomete mulheres solteiras ou que vivem sozinhas. E por que elas não percebem o equívoco? A resposta é simples: embora isso seja fruto de um delírio, essas pessoas acreditam que é real.

Muitos são os casos em que artistas, celebridades e pessoas que detém algum destaque social, sejam alvos das mulheres que sofrem de Eritomonia.  Elas interpretam erroneamente alguns sinais: talvez um sorriso ou uma palavra agradável são percebidos como uma correspondência de seus sentimentos.  A ideia delirante gira em torno de uma relação idealizada de amor romântico.






Quem sofre de Erotomania acredita em uma história de amor, que na verdade nunca começou. Em alguns casos, a pessoa se refere a essa relação como uma união espiritual com seu suposto par. Assim a Erotomania vai sendo construída pouco a pouco com base em gestos que supostamente o outro demonstra, mesmo que não seja o que realmente acontece. 

Um olhar, um aceno ou um sorriso podem ser interpretados como símbolos de amor secreto por parte da pessoa que sofre desse transtorno. Às vezes o objeto da ilusão nem existe na realidade. Quem sofre de transtorno delirante não consegue discernir o que é real e o que é imaginado. 

A principal característica desta doença é a presença de delírios, crenças inabaláveis em algo falso ou sem base na realidade. Esses delírios também envolvem o medo de estar sendo seguido, de ser envenenado, ser vítima de traição, conspiração etc. Alguns podem também ter delírios de grandeza e se achar muito importante. 






Não raro podem perseguir e atacar o objeto de sua ilusão. O pior acontece quando a suposta pessoa amada se manifesta e nega qualquer vínculo. A partir daí essa pessoa que sofre de Eritomania vai criar qualquer tipo de motivo que seja capaz de justificar essa rejeição, como, por exemplo, que o outro não está consciente do seu profundo sentimento ou que é tímido e tem dificuldades de se expressar na frente de outras pessoas. 

Geralmente a síndrome segue uma evolução ordenada, passando pelos estágios de esperança, despeito e rancor. A princípio a pessoa Erotomaniaca pode desejar ter relações sexuais com o objeto de seu amor delirante, podendo tentar seduzi-lo para esse fim. A rejeição pode se transformar num duro golpe emocional, por isso esse tipo de delírio pode ser muito grave e, às vezes, persistente, precisando assim de tratamento psicológico e em alguns casos psiquiátrico. 

Em casos extremos a pessoa pode inclusive construir falsas realidades, como relações sexuais que não existiram, gestações psicológicas ou comportamentos obsessivos de controle da outra pessoa. Fica aqui um alerta: falsas acusações podem ser feitas ao objeto amado, muitas vezes motivadas pelo desejo de vingança. A cura é possível, desde que a pessoa reconheça a armadilha que construiu para si...



sexta-feira, 7 de junho de 2019

A vida não é um conto de fadas




Você pode fazer de conta, que em breve a maldade estará presente apenas nos enredos de ficção e num passado distante. Que a humanidade está entendendo finalmente que, cada um colhe conforme o que planta. 

Que é mais sábio e saudável semear bondade e doação. Que a violência nunca mais será combatida com meios ainda mais agressivos e que as minorias se juntarão à sociedade como um todo.

Você pode fazer de conta, que as pessoas sempre corresponderão ao que esperamos delas. Que nos retornarão nada menos do que aquilo que lhes dedicamos, numa via de mão dupla equacionada e justa. 

Que não haverá inveja, pois torceremos verdadeiramente pelo sucesso alheio, sem falsidade, sem difamações nem fofocas veladas pelos cantos e pelas esquinas.

Você pode fazer de conta, que nunca estaremos rodeados por gente chata e preconceituosa ou por gente enxerida e fofoqueira. E que ninguém nos questionará por atitudes que dizem respeito somente a nós mesmos. 

Que poderemos amar a quem quisermos e como quisermos, pois compreenderão que não estaremos machucando ninguém, apenas usufruindo do que sentimos e temos coragem de assumir.

Você pode fazer de conta, que fomos criados para fazer as coisas durarem, inclusive o amor. Que todos os relacionamentos irão persistir, resistir e sobreviverem ao desgaste que a crueza do cotidiano imprime aos convívios entre amantes, amigos, colegas de trabalho. 

Que iremos nos apaixonar todos os dias por quem já está ao nosso lado até o fim de nossas vidas, fortalecendo a união por meio da superação de cada entrave.

Você pode fazer de conta, que nunca ninguém sairá de nossas vidas, nunca nos deixarão desamparados, solitários, tristes, pois ninguém nos usará a seu bel prazer, por motivos egoístas, tratando-nos como objetos. 

Que o amor será algo por que se lutar. Será o motivo primeiro que sustentará as lutas diárias, tanto no enfrentamento de nossos fantasmas pessoais, quanto no fortalecimento do casamento, da amizade, do convívio social.

Porém, nada adiantará somente esperar ou iludir-se. É preciso enfrentar com lucidez tudo isso ou viveremos de ilusões, de faz-de-conta. A vida vai nos decepcionar, vai nos esfolar e nos derrubar, pondo à prova a nossa determinação em continuar, em seguir, em caminhar firmemente em busca do que é nosso. É assim que ela ensina. 

Ou enfrentamos conscientemente esse turbilhão de surpresas que temos pela frente ou estagnamos nosso potencial de ser feliz através de falsas ilusões escapistas e paralisantes. 

Assim registra aquele famoso provérbio: "É na superação das tempestades emocionais, que sorveremos com maior intensidade todos os prazeres e milagres que a vida felizmente também nos reserva, com generosidade, a cada novo despertar...



quinta-feira, 23 de maio de 2019

Síndrome do Coração Partido





Ter o coração partido é uma expressão bem comum, principalmente após um término de relacionamento ou a morte de uma pessoa querida. Esse momento é para muitas pessoas um período muito estressante emocionalmente. 

Algumas pessoas sentem como se estivessem tendo um infarto. Na realidade, trata-se da síndrome do coração partido, uma doença com causa emocional que afeta o coração. 

A Cardiopatia de Takotsubo, outro nome dado a essa síndrome, foi descoberta por médicos japoneses no início da década de 90. Ela é uma forma grave de lesão cardíaca que pode surgir após algum evento que gere estresse intenso. A síndrome afeta o músculo do miocárdio, que compõe os ventrículos do coração, com a função de bombear o sangue. 

Quando uma pessoa passa por uma situação que gera uma forte emoção, o corpo dispara uma intensa carga de hormônios na corrente sanguínea. Isso pode ocasionar um estreitamento das artérias que irrigam o coração, afetando o órgão. Em resposta, o corpo reage de uma forma semelhante a um infarto. 

A síndrome afeta o miocárdio do ventrículo esquerdo, que bombeia o sangue a ser distribuído pelo corpo, sendo mais comum em mulheres, mas principalmente naquelas com idade entre 61 e 76 anos. 

Depois desse período o corpo feminino para de produzir o hormônio estrogênio que protege o coração e as mulheres ficam mais vulneráveis a desenvolver a síndrome.

Pessoas que sofrem de doenças neurológicas e psiquiátricas também possuem mais chances de desenvolver a síndrome. Os sintomas mais frequentes são falta de ar e dor no peito, podendo ocasionar tonturas e desmaios. 

A dor no peito costuma ser rápida, durando alguns minutos ou algumas horas, no máximo. Já a falta de ar pode durar mais tempo, dependendo do quão prejudicado está o miocárdio.






Como os sintomas juntos são semelhantes a um infarto, muitas vezes os que estão sofrendo da síndrome são atendidos nos hospitais como se esse fosse realmente o problema. 

Mas os resultados dos primeiros exames já conseguem a exclusão da suspeita de infarto. A maior diferença entre o infarto e a síndrome é que a segunda é totalmente tratável. Já o infarto causa danos permanentes.

O índice de complicações graves, ou mesmo morte, relacionados à síndrome do coração partido é pouco comum, mas pode ocorrer, caso o problema no ventrículo esquerdo seja grave, o que leva o coração não bombear a quantidade suficiente para o corpo. De qualquer forma, é bom cuidar-se nessas situações.

Não é fácil perder algo importante, uma amizade ou um relacionamento significativo. Quem já passou por essa experiência a descreve como sentimento de tristeza, amargura, desilusão, vazio, dor etc. Felizmente essa síndrome tem cura. Quanto mais você se dedicar a curar a sua tristeza, mais rápido irá superar sua dor.




Por mais que passemos por estas situações ruins, sempre é possível começar do zero. Mas para isso é preciso estar com disposição para tomar as medidas necessárias. 

Se os pensamentos errôneos não forem eliminados, não será possível avançar. Logicamente, onde existe um amor há a certeza de que essa pessoa é única no mundo todo e de que jamais irá gostar de outra pessoa. Mas isto é um equívoco.

Enquanto o tempo vai eliminando sentimentos e você vai conhecendo pessoas novas, vai percebendo que existem pessoas que se encaixam ao que você deseja. Mas o que fazer para mitigar a dor de um coração partido?

1. Quando um relacionamento termina, o único jeito é tocar a vida e seguir em frente. Deixe as lembranças para trás: isso é o mais importante. Não olhe fotos e nem deixe à mostra objetos que lembrem a outra pessoa. Se possível, se desfaça de tudo que seja uma lembrança. Faça reciclagem de roupas, móveis e decoração. Mude as coisas de lugar. Crie uma nova disposição. 

2. Não entre em contato por qualquer meio, nem por internet, nem SMS, nem telefone. Não queira saber como a outra pessoa está. Ao contrário, se preocupe apenas com você. Se ocupe com  algo. Mantenha sua mente ocupada, especialmente fazendo as coisas de que você gosta. Mesmo que você não tenha coisas para fazer, saia para praticar um esporte. Ocupe suas horas com algum curso ou uma atividade. 

3. A verdade é que: “com as mãos cheias você não poderá receber nada novo”. Se abra para que algo novo possa vir. Vá divertir em novos lugares; conheça novas pessoas. Relacionamentos sociais trazem muita gratificação.  A partir de novas conexões você vai perceber que sempre pode começar do zero. 

4. Não tente mascarar sua dor se apoiando  no álcool, nas drogas ou num ritmo de vida desequilibrado. Não fique sem comer. Adote uma vida saudável com uma dieta equilibrada. Cuide de si; de sua saúde física e mental. Descanse e faça exercícios físicos regularmente.

5. Tenha paciência. Dê tempo ao tempo para se recuperar. Tudo nesta vida é passageiro e com a dor emocional não seria diferente. A forma mais inteligente de sair de uma dor emocional é enfrentando-a de forma sadia. Cuidando de si, aceitando as situações e abrindo novas portas. Dessa forma você não fortalece sua dor e ela irá  enfraquecer com o passar dos dias. Quando você menos esperar, essa dor vai passar...




segunda-feira, 18 de março de 2019

Pule fora enquanto pode...



Pule fora, enquanto há tempo...



Coloque um sapo em uma panela cheia de água e comece a aquecer a água lentamente. À medida que a temperatura da água vai subindo, o sapo irá ajustar sua temperatura corporal. 

Enquanto a água esquenta, o sapo vai aguentando. Finalmente, quando a água estiver prestes a alcançar o ponto de ebulição, o sapo não conseguirá mais se adaptar e vai tentar saltar. Porém o sapo será incapaz de sair da panela, por ter perdido toda a sua força ajustando a temperatura corporal. Logo, o sapo morrerá fervido...

O que matou o sapo? Muitas pessoas vão dizer que foi a água fervendo, mas na verdade o que matou o sapo foi sua própria incapacidade de decidir quando saltar a tempo de se salvar. 

Da mesma forma, também tentamos nos ajustar em relação a pessoas e situações, porém é preciso saber até que ponto devemos nos adaptar e o momento em que deveremos seguir em frente. 

Existem momentos nos quais precisamos enfrentar a situação e tomar atitudes apropriadas. Se permitirmos que as pessoas nos explorem fisicamente, emocionalmente, financeiramente, espiritualmente ou mentalmente, elas vão continuar fazendo isso. Cabe a nós decidirmos o momento certo de saltar fora dessas situações enquanto ainda tivermos forças. 

Esta metáfora serve para diversas situações da vida, seja em nosso trabalho, em nossos relacionamentos ou no nosso modo de agir. Há pessoas que permanecem em relacionamentos onde constantemente precisam se ajustar aos desejos, opiniões e renúncias dos outros para não causar desconforto. Elas acreditam que podem aguentar ou que não têm outra solução além de fazer isso. 

No entanto, aguentar situações desconfortáveis por muito tempo, nada irá resultar além de desgastes. Quando menos esperarmos, iremos chegar a uma situação extrema que não iremos suportar mais e precisaremos saltar fora, mas talvez já estaremos muito magoados. 

Talvez já não tenhamos forças para lidar com esta última situação extrema, tanto por não termos mais energia ou porque já não acreditamos que conseguiremos sobreviver. Às vezes a nossa capacidade de resistência pode ter ido muito longe, mas nossas forças e nossos sonhos vão ficando pouco a pouco pelo caminho. 

Quando uma mudança acontece lentamente, escapa à consciência e não desperta, na maior parte dos casos, nenhuma reação, nem um pouco de oposição ou alguma revolta. 

Se olharmos para o que tem acontecido em nossa sociedade durante as últimas décadas, poderemos ver que estamos a sofrer uma lenta mudança à qual vamos acostumando. 

Uma quantidade de coisas que nos causariam horror há 20, 30 ou 40 anos, foram sendo a pouco e pouco banalizadas e hoje apenas perturbam levemente ou até deixam completamente indiferentes a maior parte das pessoas. 

Em nome do progresso, da ciência e do lucro são efetuados ataques contínuos às liberdades individuais, à dignidade, à integridade da natureza, à beleza e à alegria de viver. 

Lenta, mas inexoravelmente, com a constante cumplicidade das vítimas, desavisadas e agora incapazes de se defenderem. As previsões para o futuro, em vez de despertarem reações e medidas preventivas, não fazem outra coisa que não seja preparar psicologicamente as pessoas para aceitarem algumas condições de vida decadentes, aliás dramáticas. Porém eu lhe digo: se você já fez tudo o que pode, saia fora disso. Comece outra coisa, em outro lugar, com outra pessoa, enquanto ainda dá tempo...




quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

30 de janeiro: Dia da Saudade




Quem de nós não tem saudades? Saudade rima com felicidade e eternidade. Tema de muitos escritores, cada um de nós tem muito o que recordar, na imensidão dos tempos que se foram, das cenas de nossa infância vividas com alegria. 

Só tem saudades quem um dia amou e viveu momentos de felicidade. Se fecho os olhos e volto no tempo, sinto saudades da minha infância, das brincadeiras e banho de cachoeira, que me transportam a um mundo distante da minha meninice, para quem as perspectivas do mundo eram ignoradas. 

O tempo passou e só ficou a saudade guardada com emoção. No silencio da noite ou nos momentos de paz, olhando velhas fotografias recordações vem dos momentos vividos que se foram. Imagens vem da memória que guardei da escola e dos nossos amigos do passado.  É bom reviver outros tempos e não esquecer, dos tempos de outrora e da rua que nos viu nascer. 

É aí que a gente percebe que melhores coisas da vida não são pagas: a própria vida, o sol, o luar, o carinho dos nossos pais, tios e avós, além da convivência com os amigos. Tudo isso serve no entardecer da vida para aumentar os bons pensamentos que nos invade a alma, recordando momentos de felicidade vividos no passado. 

Nesse dia da saudade, em nossa memória poderão vir dos tempos e pessoas que se foram e que jamais voltarão. Por isso, aproveite para rever  amigos e parentes. Saiba viver o dia de hoje com alegria no coração, pois, com certeza, ele será motivo de saudade amanhã... 





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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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