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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Você está onde você se coloca



Muitas pessoas se queixam que sofrem por abandono e maus tratos, dizendo-se vítimas dos pais, dos irmãos, da vida, do mundo e do destino. Muitas vezes isso nem é verdade e a pessoa caí nas garras da autopiedade e vai pela vida arrastando sentimentos imaginários camuflando a sua necessidade não satisfeita de carinho e atenção.

As pessoas que se sentem vítimas são um poço de sentimentos negativos e quase sempre buscam culpar alguém pelo que sentem. E quando acham alguém a quem culpar, sentem-se confortáveis numa posição em que se consideram certas e são os outros é que estão errados. Nessa posição a pessoa destrói sua capacidade de discernimento e avaliação racional das situações.   
 
Em geral a pessoa que sempre se coloca no papel de vítima sofre de vitimismo, com uma tendência a distorcer a realidade. Essa tendência pode se iniciar na infância durante seu contato com os adultos e partir daí decide a posição existencial que assumirá na vida. Quando a criança se torna adulta, a posição escolhida será dominante em seu caráter embora possa coexistir com outras posições. 
  • Eu não estou Ok e os outros estão OK (-) negação para si e (+) afirmação dos outros: Essa é a atitude universal na primeira infância. A pessoa sente-se inferior aos outros e tende à depressão.
  • Eu estou OK e são os outros que não estão OK (+) afirmação para si e (-) negação para os outros: Essa é a atitude de quem culpa os outros pelo seu sofrimento e em geral aparece nas crianças submetidas a maus tratos e nos delinquentes em geral. Baseada no ódio, ainda que camuflado, a pessoa conclui que está bem quando está sozinha e que não precisa de ninguém. Na verdade, há uma profunda solidão.
  • Eu não estou OK e os outros também não estão OK (-) e (-) Negação para si e para os outros: Essa é a atitude da pessoa que não tem interesse nem por si nem pelos outros. Sua tendência depressiva pode ser assumida ainda na primeira infância por não receber calor e atenção. Quando se torna adulta, a pessoa escolhe amigos e parceiros esperando que venham a desempenhar o papel dos pais.
  • Eu estou OK e os outros também estão OK (+) e (+) Afirmação para si e para os outros. A pessoa sente-se bem e convive bem com os outros.
A maior parte dos nossos atos e pensamentos vem quase sempre de condicionamentos da infância, embora possamos acreditar que somos livres para pensar e agir. 

Qualquer posição existencial envolve pessoas que assumem papéis como Algoz, Vítima e Salvador. O condicionamento para assumir um dos papéis é bastante sutíl e é a causa da falência dos relacionamentos, sejam afetivos ou sociais, quando as pessoas buscam encontrar quem possa encontrar desempenhar algum papel complementar:
  • Um Algoz ou Perseguidor precisa de uma Vítima
  • Uma Vítima precisa de um Salvador  
  • Um Salvador precisa de uma Vítima para salvar. 
Isso é facilmente observável em alguns casais: A mulher é a "menina" que buscou um "pai" numa relação Vítima-Salvador mas se queixa continuamente do marido e sequer admite a idéia de divórcio permanecendo numa relação Vítima-Algoz. 

Quando observamos a nossa vida, iremos notar que os relacionamentos mais saudáveis são aqueles onde há confiança, apoio, respeito e amizade, ou seja, uma transação de igual para igual na mesma proporção. 

Mas se há algum problema, logo poderemos notar que estamos transitando entre os papéis de Vítima, Algoz ou Salvador. A posição existencial que estamos adotando, talvez não seja das melhores.




sábado, 9 de junho de 2012

Dia dos enamorados



Na Europa os Dia dos enamorados é celebrado em 14 de fevereiro - Dia de San Valentino. No passado muitos casais apaixonados eram impedidos por suas famílias de casarem-se, por isso San Valentino realizava o casamento às escondidas antes que o casal fugisse sem receber as bênçãos matrimoniais. 

O diácono Valentino tinha o costume de presentear os nubentes com uma rosa vermelha, símbolo de amor verdadeiro e duradouro. Assim criou-se a tradição de oferecer rosas vermelhas no Dia dos Namorados. 

Considerado o protetor dos enamorados, San Valentino nasceu em Terni na Itália dando origem a inúmeras lendas. Em uma delas, dizia-se que o Imperador Romano Claudius II teria proibido os casamentos para angariar mais soldados para as suas frentes de batalha. 

San Valentino teria violado este decreto imperial e realizado casamentos em sigilo absoluto. Este segredo teria sido descoberto e Valentino teria sido preso, torturado e condenado à morte.

Todos os anos muitos devotos vão à Basilica de San Valentino em Terni para agradecer a felicidade a dois. Outros tantos usam os poderes de Valentino para encontrar um grande amor ou para reconquistar um amor perdido. 

No meio da Basílica existe um poço onde os enamorados de todo mundo depositam suas mensagens de amor. Porém os comerciantes viram essa data como uma ideia para aquecer suas vendas. 

No Brasil escolheram o dia 12 de junho para celebrar o Dia dos enamorados, dia dedicado a Santo Antonio considerado protetor dos casais. Criou-se assim a tradição de trocar presentes, enviar flores e realizar jantares românticos. 

Mas essa data vale para uma reflexão: será que o amor deve ser celebrado apenas em um dia do ano? Apenas presentes e flores seriam demonstrações de amor?

Não existe celebração maior do que o amor de duas almas que se encontram e vivem com intensidade cada momento, cada silêncio, cada beijo, cada sorriso. São momentos únicos em que cada um demonstra o quanto é bom amar e ser amado. 

Celebrar o amor é demonstrar o prazer de estar junto de alguém que lhe proporciona alegria de viver, porém o amor não é algo banal que possa estar em um presente grande ou pequeno no Dia dos namorados. O amor é o ingrediente da vida, a porção mágica de felicidade que deve ser vivido todos os dias, em pequenos mas verdadeiros gestos.

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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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