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sábado, 22 de dezembro de 2012

O que significa o Natal?




Christmas significa Natal, que deriva do antigo Cristes Maesse ou Missa de Cristo realizada a cada ano pelos cristãos como celebração do nascimento de Jesus. 

A primeira celebração do Natal aconteceu em Roma no ano 336, quando a Igreja Católica definiu a data de 25 de dezembro na tentativa de encobrir uma festa pagã romana, que celebrava o Natalis Solis Invincti ou Aniversário do Invencível Deus do Sol e que acontecia no solstício do inverno.

Durante as cerimônias do Solstício de Inverno, as pessoas reuniam, cantavam e dançavam em volta de círculos de pedra. Das canções pagãs dessa cerimônia surgiram as canções de natal por sugestão de um bispo romano que incluiu o Hino dos Anjos que deveria ser cantada no natal. 

Com o passar do tempo foram sendo criadas diversas músicas folclóricas de natal. Assim, originalmente a celebração do Natal era um ritual do cristianismo que envolvia apenas a missa. 

Com o passar do tempo foram sendo incluídas outras festividades e tradições, tal como a árvore, os enfeites, a ceia e o costume de trocar presentes, mas nem todas são tradições do cristianismo. 





Quando surgiu a árvore de natal enfeitada...


Até a Idade Média, na Europa as pessoas cultuavam e homenageavam os espíritos das florestas, pois acreditavam que quando as folhas caiam no outono os espíritos abandonavam as árvores. Isso despertava o receio de que os espíritos não retornassem na  primavera seguinte e com as árvores mortas não haveria frutos. 

Para que espíritos regressassem às árvores, durante o inverno em dezembro as pessoas penduravam nas árvores pedras pintadas ou tecidos coloridos. A ideia era tentar tornar as árvores atraentes para que os espíritos regressassem e as habitassem de novo. E para encanto deles, na primavera as folhas despontavam novamente nas árvores.

Porém a tradição de enfeitar uma árvore dentro de casa vem de Martinho Lutero, que nos anos de 1500 olhou para o céu e viu tantas estrelas nos bosques que pareciam enfeitar as árvores de pinheiro. Por isso resolveu levar um pinheirinho e enfeitá-lo com velas acesas reproduzindo em casa a noite de natal. 

Nos anos 1800, a tradição da árvore de natal foi espalhada pela Alemanha, sendo levada para a Inglaterra e Estados Unidos. Em 1880 a rede de lojas Woolworths vendeu pela primeira vez enfeites para árvores de Natal que viraram moda. Com a invenção da lâmpada, a primeira árvore de Natal com luzinhas apareceu em 1882. 

O costume de colocar a guirlanda nas portas tem origem nos antigos rituais pagãos. As coroas de flores e folhas eram oferendas feitas em homenagem e boas vindas aos deuses. 

A Igreja Católica proibiu o uso de guirlandas alegando idolatria, mas as pessoas continuaram a preparar as coroas de flores, tanto como enfeite quanto como oferendas nas celebrações esportivas como nos funerais.  





Cerimônia do fogo de natal...

Desde os antigos tempos, o Solstício de Inverno era celebrado em diferentes culturas. Os rituais pagãos incluiam acender grandes fogueiras e dessas se pegava uma brasa que deveria permanecer queimando dentro de casa até tornar-se cinzas. 

O culto ao deus-sol possuía um caráter universal  e a cerimônia do fogo novo tinha o sentido de purificação e proteção contra os males corporais. Com o advento do cristianismo essas práticas primitivas foram perdendo seu objetivo de cultuar o deus sol mas adquirindo um sentido cristão. 

Em diversas comunidades da Europa ainda se acendem fogueiras, uma tradição transmitida pelos agricultores que usavam tochas para chegar à igrejas na noite de natal. Se no passado a intenção era espantar as bruxas, hoje simboliza a queima das coisas negativas e marca uma renovação para o próximo ano novo. 





Ceia de natal...

Na época do Natal era um costume dos cristãos dirigir-se a Jerusalém ou Terra Santa para celebrar o nascimento de Jesus. Muitas pessoas viajavam durante vários dias e as pessoas da comunidade da Terra Santa deixavam a porta aberta para que os peregrinos entrassem e comessem junto com a família. 

Daí surgiu a confraternização de natal. Por ser uma época de inverno na Europa, além de muita comida eram servidos os tradicionais alimentos como as castanhas e nozes que eram abundantes nos bosques além das frutas secas. 

Por tradição, as festividades judaicas começam sempre no por do sol do dia e tem duração até o por do sol seguinte, com isso surgiu a tradição da Ceia de Natal à meia-noite. 

O "Peru de Natal" tem origem nos Estados Unidos, quando os índios serviam o peru para celebrar a primeira grande colheita. E assim surgiu o costume de consumir o peru em datas importantes. 

Ao longo do tempo, cada país criou sua tradição segundo seus costumes. Um alimento tradicional da época de natal é o Panetone e várias lendas tentam explicar a sua origem. 

Criado pela primeira vez na Itália, contam que no ano 900 um padeiro de Milão chamado Tone criou um pão misturando essências, frutas secas e nozes. O pão fez sucesso passando a ser chamado de Panino di Tone ou Pão de Tone, sendo reduzido a Panettone. Em outra versão, Gian Galeazzo Visconti, um duque de Milão, teria criado esse pão diferente em 1395. 





Origem do Papai Noel...


A origem de Papai Noel é baseada na história de São Nicolau que viveu na Turquia até o ano 342. Segundo contam, em sua juventude Nicolau pertencia a uma rica família. Sensibilizado com as necessidades das pessoas pobres, 

Nicolau jogava sacos com moedas pelas chaminés das casas. Como no inverno as pessoas deixavam as meias secando junto da lareira, quando acordavam encontravam as meias cheias de dinheiro. São Nicolau ficou conhecido por sua generosidade e manteve-se a tradição de deixar as meias nas lareiras.

A cultuação a São Nicolau desapareceu de todos os países protestantes da Europa, exceto nos países nórdicos onde sua lenda persistiu como Sinterklaas ou São Nicolau. 

Os colonos levaram essa tradição para as colônias americanas onde passou a se chamar Santa Claus, persistindo sua fama de ser um homem muito bondoso que dava moedas aos pobres e unido à lenda popular de que dava presentes somente para as crianças boazinhas.

Em 1830 Santa Claus foi descrito num poema como um homem velhinho, gorducho e com faces rosadas com uma grande barba branca. Vestido de vermelho, ele conduzia um trenó puxado por renas que voavam pelos céus transformando sua presença como algo mágico, já que na noite de natal ele entrava pela chaminé da lareira e deixava presentes para as crianças.

Em 1866 a revista americana Harper's Weekly criou uma série de gravuras de Santa Claus que se espalhou pelo mundo. A partir dessas imagens surgiu o conceito da fábrica de brinquedos do Papai Noel e em 1931 Santa Claus começou a aparecer em campanhas publicitárias.  





Cartão e presente de natal...


O costume de enviar cartões de natal surgiu em 1843 quando o inglês Henry Colè encomendou numa gráfica alguns cartões impressos para felicitar seus amigos na época do natal, pois não teria tempo para escrever a cada um deles. 

Seus amigos gostaram da ideia e passaram a adotar o costume. Algum tempo depois surgiu a ideia de imprimir também gravuras coloridas nos cartões de natal, um costume que sobrevive até nossa época. 

Até os meados de 1866 ninguém tinha o hábito de trocar presentes de natal. Antes valia apenas uma demonstração de generosidade relembrando como eram recebidos os peregrinos que iam a Jerusalém. 

Isso se estendeu pelo mundo com a tradição de oferecer doces, frutas e nozes aos amigos. Com a criação da ideia de Papai Noel criou-se o costume de dar brinquedos para as crianças e presentes mais caros aos adultos, tornando-se para a maioria quase uma obrigação.





Presépio de natal...


O Natal vem perdendo seu sentido, tendo se transformado no interesse de vender, comprar e preparar suntuosas ceias, algo que desvirtua seu sentido original, que é celebrar o nascimento de Jesus. Alguns ainda fazem a montagem do presépio, uma tradição que teve origem na Itália.

Segundo a tradição, visando desencorajar os peregrinos de aventurar-se numa viagem arriscada à Terra Santa, em dezembro de 1223 São Francisco de Assis criou em Greccio o 1º presépio da história numa gruta próxima à cidade. 

O povo preparou os círios para iluminar aquela noite e diante da manjedoura cantavam louvores pela celebração do nascimento de Jesus. Recriando um cenário igual a Belém, ali foi celebrada a Santa Missa de Natal. 

Após o rito da Eucaristia, sobre a manjedoura uma visão admirável surgiu diante de todos: um menino despertou suavemente de seu sono profundo. E assim o Menino Jesus ressuscitou no coração de muitos que o tinham esquecido e a sua imagem ficou para sempre gravada em suas memórias. 

Desejo que o Menino Jesus 
renasça no coração de todos 
e que tenhamos um Feliz Natal!



sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Quando uma porta se fecha, Deus abre uma janela



Na conjuntura atual muitas são as pessoas que sucumbem, às vezes inconscientemente, à nefasta energia das crises. E, mesmo aquelas que não estão passando por problemas econômicos, deixam-se abater antecipando a chegada de uma futura crise em suas vidas. 

Antecipar-se ao futuro não ajuda a ninguém e quer queiramos ou não, do futuro não temos controle. É fato que queiramos fazer planos para o futuro, mas planos são planos e não poderemos realizá-los se não vivermos bem o dia de hoje.

Tendemos a fugir das crises, porém elas são oportunidades únicas que nos permitem usar de nossa criatividade a todo vapor. Geralmente quando estamos estabilizados nos sentimos confortáveis e raramente nos dispomos a sair do conforto para criar novas oportunidades. 

Porém quando a crise nos surpreende, somos obrigados a nos arriscar e superar os nossos medos e inseguranças para abraçar o novo e desconhecido. E aí o fracasso se torna uma benção.

Muitas pessoas realizaram seus sonhos diante de uma crise criando uma nova história de vida, isso porque se viram numa situação que já não tinham nada a perder se tentassem. 

Diz o ditado: "quando uma porta se fecha, Deus abre uma janela". E isso é verdade, pois a todo momento temos infinitas possibilidades e que podem ser até melhores. 

A questão principal é a atitude: se ficamos desanimados e nos entregamos à derrota jamais conseguiremos nos reerguer. Mas se vermos nossos fracassos e perdas como uma oportunidade, podemos mudar de atitude e assim transformar a nossa vida. 

Muitas vezes lamentamos não pelas perdas em si, mas pelo nosso passado, pelos obstáculos que tivemos de transpor e pela história de nossas conquistas que vemos ir embora junto com as perdas.  O fracasso é amargo e cruel, mas também nos dá a chance de saborear novas conquistas usando nossa experiência e sabedoria. 

Só perde algo quem algum dia já conquistou e, com a experiência que já adquirimos, é possível conquistar tudo novamente. Tudo começa em etapas e o primeiro passo é mudar o que estiver ao nosso alcance imediato, embora mantendo as nossas expectativas de realizar os nossos grandes sonhos. 

É preciso planejar e dar o primeiro passo, indo atrás do que e de quem pode nos ajudar. O que vier depois não será mera consequência, mas o fruto do nosso esforço.

Esforçar é preciso, mas também precisamos vigiar os pensamentos, esquecendo a culpa, a raiva, o remorso e os ressentimentos. Permita-se voar livre dentro da esperança, sonhe e apaixone-se por sua meta de vida. Nada consegue deter o coração de um apaixonado. E agradeça a Deus, pela liberdade de poder ir atrás do melhor para sua vida...


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Tudo depende de um ponto de vista




Que país existe entre a América do Sul e a África? Depende: se você olhar para a África através do Oceano Atlântico não verá mais que algumas pequenas ilhas, porém se olhar através do Oceano Pacífico vai encontrar a Austrália no meio do caminho. Tudo depende do seu ponto de vista, ou seja, do ponto onde você está.

Da mesma forma são as nossas ideias e opiniões. A partir de nós olhamos as coisas sob uma perspectiva, porém os outros podem não ver as coisas do mesmo modo. É aí que iniciam as grandes discussões sem fim; cada um quer defender seu ponto de vista como sendo verdadeiro. Mas podemos desenvolver uma capacidade que nos permite entender a visão dos outros; ela se chama "Empatia".

O processo empático é uma resposta afetiva apropriada a cada situação e consiste em colocar-nos no lugar do outro para perceber as coisas como ele percebe; até certo ponto é identificar-se com o outro. 

Muitos conflitos poderiam ser evitados se utilizássemos a empatia nas nossas relações com os outros, mas para isso há de se ter disponibilidade interna, uma condição que exige verdadeira vontade de entendimento.      

Demonstrar empatia significa estar presente, envolver-se, interagir, sabendo distinguir o que é aceitável e o que inadmissível. Ser empático não significa concordar mansamente com os outros e nem submeter-se, mas aceitar que existem outras ideias e pontos de vista. Significa abrir-nos para compreender outras pessoas e estarmos dispostos a melhorar a nossa comunicação, até mesmo para discordar.  

Olhando as coisas sob diferentes perspectivas temos muito a aprender, ampliamos os nossos horizontes e podemos até mesmo melhorar as nossas próprias ideias; isso se chama agregação ou reunião de partes homogêneas formando um todo, mesmo sendo necessário descartar algumas partes. Muitas conclusões são melhoradas com essa disposição de chegar a um consenso.

Com empatia demonstramos consideração aos outros e despertamos a sensação de que suas emoções, opiniões e ideias são relevantes. Para criar boas relações basta sabermos ouvir efetivamente, mostrando interesse e explorando mais a opinião do outro. Cada pessoa vê o mundo de uma forma diferente e a empatia é essencial para formarmos e mantermos laços afetivos e sociais baseados no respeito, confiança e cordialidade. 




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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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