Depois de um tempo você descobre que sua vida não passa de uma farsa, que tudo o que você fez ou faça é tão somente para ser bem visto ou bem quisto pelos outros.
Descobre que sua necessidade de trabalhar 20 horas por dia, nada mais é do que um pretexto para se esquivar da terrível agonia e temível sensação de não ser aceito, não ser perfeito.
E o pior, às vezes você trabalha tanto e não percebe que prefere trabalhar do que ficar perto de certas pessoas, talvez até de você mesmo. Descobre que alguns amigos estão ao seu lado não por carinho ou admiração, mas porque você se esforça para ser especial e porque eles podem lucrar algo por isso.
Descobre que algumas pessoas próximas não te conhecem e não têm a menor ideia de quem você seja, mas na verdade elas não têm culpa por isso, pois foi você quem sempre fingiu ser o que não era.
E o pior, às vezes você trabalha tanto e não percebe que prefere trabalhar do que ficar perto de certas pessoas, talvez até de você mesmo. Descobre que alguns amigos estão ao seu lado não por carinho ou admiração, mas porque você se esforça para ser especial e porque eles podem lucrar algo por isso.
Descobre que algumas pessoas próximas não te conhecem e não têm a menor ideia de quem você seja, mas na verdade elas não têm culpa por isso, pois foi você quem sempre fingiu ser o que não era.
Depois de um tempo você descobre que nada disso faz sentido, mas como está distante de tudo o que realmente é importante, já não consegue voltar atrás. E passa a viver os seus dias como um ser errante à espera de um milagre.
Talvez um dia você se arrependa da vida que não teve e que esteve te esperando por um longo tempo. E enquanto a cidade se agita, você agoniza, tudo se perde. Sozinho no ninho, você grita e sente as dores de um parto que jamais aconteceu verdadeiramente: o Seu!
É uma pena o amor não ser suficiente, não o amor da carne, o amor do meio-dia, mas o amor pelo que você é. O amor que aceita, conforta, o amor que é usina e ninho. O amor que dá sentido às coisas e que ao invés de despir, oferta a melhor das roupas: a própria pele, corpo, alma e coração...
É uma pena o amor não ser suficiente, não o amor da carne, o amor do meio-dia, mas o amor pelo que você é. O amor que aceita, conforta, o amor que é usina e ninho. O amor que dá sentido às coisas e que ao invés de despir, oferta a melhor das roupas: a própria pele, corpo, alma e coração...
Texto de Mônica Montone
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