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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Lições para a humanidade








Depois do terremoto  de 9 graus na escala Richter e do tsunami em 11 de março de 2011, que matou 15.000 pessoas, destruiu cidades, propriedades e causou ainda um desastre nuclear no Japão, os japoneses não apareceram na tv se lamentando, gritando e reclamando que “haviam perdido tudo”. A tristeza por si só já bastava.

A população se organizou em filas disciplinadas para receber água e comida; nenhum ato selvagem, nenhuma palavra dura e nenhum gesto de desagravo. Os restaurantes reduziram seus preços pela metade. 

Caixas eletrônicos não precisaram de vigilância para não serem saqueados. Os fortes cuidavam dos fracos. Uma lição de educação, disciplina e civilidade. As pessoas compravam somente o que realmente necessitavam no momento. 

Assim todos poderiam comprar alguma coisa. E quando faltava energia elétrica nas lojas, as pessoas recolocavam as mercadorias nas prateleiras e saiam calmamente para aguardar a energia retornar, sem roubar e sem exigir que fossem atendidas. Uma lição do gesto de solidariedade.

Compreendendo o momento difícil que se abateu sobre todos, não houve saque a lojas e nenhuma manifestação selvagem. Não houve arrastão contra as pessoas nas ruas e no comércio; nem tampouco depredação do patrimônio público ou particular. Uma lição de compreensão e responsabilidade.

Velhos e jovens, todos sabiam o que fazer e fizeram exatamente o que lhes foi recomendado. Apesar dos perigos na usina nuclear, cinquenta trabalhadores permaneceram para bombear água do mar para os reatores da usina de Fukushima e assim evitar um dano maior. Um sacrifício pelo bem de todos, uma lição de cidadania.

A imprensa local teve discrição nos boletins de notícias; nenhuma reportagem sensacionalista mostrando corpos mutilados; apenas as informações dos fatos. Uma lição de respeito ao seu povo e ao ser humano.

O terremoto aconteceu em 11 de março, porém numa incrível agilidade governamental, em apenas 6 dias após o acontecimento os japoneses conseguiram recuperar as estradas. 

A passagem do tempo deve ser uma conquista e não uma perda. 
Viver é a única coisa que não dá para deixar para depois...


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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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