Sofre de reumatismo quem percorre os caminhos tortuosos, quem se destina aos escombros da tristeza, quem vive tropeçando no egoísmo.
Sofre de artrite quem jamais abre mão, quem sempre aponta os defeitos dos outros e quem nunca oferece uma rosa.
Sofre de bursite quem não oferece seu ombro amigo, quem retesa, permanentemente os músculos, quem cuida excessivamente das questões alheias.
Sofre da coluna quem nunca se curva diante da vida, quem carrega o mundo nas costas, quem não anda com retidão.
Sofre dos rins quem tem medo de enfrentar problemas, quem não filtra seus ideais, quem não separa o joio do trigo.
Sofre dos pulmões quem se intoxica de raiva e de ódio, quem sufoca, permanentemente os outros, quem não respira aliviado pelo dever cumprido, quem não muda de ares.
Sofre do coração quem guarda ressentimentos, quem vive do passado, quem não segue as batidas do tempo, quem não se ama e, portanto, não tem coração para amar alguém.
Sofre da garganta quem fala mal dos outros, quem não solta o verbo, quem repudia, quem omite, quem usa sua espada afiada para ferir, quem reclama o tempo todo.
Sofre do ouvido quem julga os atos dos outros, quem não se escuta, quem costuma escutar a conversa dos outros, quem ensurdece ao chamado divino.
Sofre dos olhos quem não se enxerga, quem distorce os fatos, quem não amplia sua visão, quem vê tudo em duplo sentido, quem não quer ver.
Sofre de distúrbios da mente quem mente para si mesmo, quem não tem lucidez, quem preza a inconsciência, quem menospreza a intuição, quem não vigia seus pensamentos, quem não pensa na vida, quem se ilude, quem mascara a realidade,
quem não areja a cabeça, quem não se dá e quem não ama.
Causa e efeito. Ação e reação. Tudo está intrinsecamente ligado. Tudo se conecta o tempo todo. E assim passam os anos sem que o ser humano conheça a si mesmo. Somos, certamente, o maior amor das nossas vidas! Assim como o nosso maior inimigo é aquele que está oculto e que habita, inexoravelmente, no interior de nós mesmos.
Autor Desconhecido