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segunda-feira, 18 de março de 2019

Pule fora enquanto pode...



Pule fora, enquanto há tempo...



Coloque um sapo em uma panela cheia de água e comece a aquecer a água lentamente. À medida que a temperatura da água vai subindo, o sapo irá ajustar sua temperatura corporal. 

Enquanto a água esquenta, o sapo vai aguentando. Finalmente, quando a água estiver prestes a alcançar o ponto de ebulição, o sapo não conseguirá mais se adaptar e vai tentar saltar. Porém o sapo será incapaz de sair da panela, por ter perdido toda a sua força ajustando a temperatura corporal. Logo, o sapo morrerá fervido...

O que matou o sapo? Muitas pessoas vão dizer que foi a água fervendo, mas na verdade o que matou o sapo foi sua própria incapacidade de decidir quando saltar a tempo de se salvar. 

Da mesma forma, também tentamos nos ajustar em relação a pessoas e situações, porém é preciso saber até que ponto devemos nos adaptar e o momento em que deveremos seguir em frente. 

Existem momentos nos quais precisamos enfrentar a situação e tomar atitudes apropriadas. Se permitirmos que as pessoas nos explorem fisicamente, emocionalmente, financeiramente, espiritualmente ou mentalmente, elas vão continuar fazendo isso. Cabe a nós decidirmos o momento certo de saltar fora dessas situações enquanto ainda tivermos forças. 

Esta metáfora serve para diversas situações da vida, seja em nosso trabalho, em nossos relacionamentos ou no nosso modo de agir. Há pessoas que permanecem em relacionamentos onde constantemente precisam se ajustar aos desejos, opiniões e renúncias dos outros para não causar desconforto. Elas acreditam que podem aguentar ou que não têm outra solução além de fazer isso. 

No entanto, aguentar situações desconfortáveis por muito tempo, nada irá resultar além de desgastes. Quando menos esperarmos, iremos chegar a uma situação extrema que não iremos suportar mais e precisaremos saltar fora, mas talvez já estaremos muito magoados. 

Talvez já não tenhamos forças para lidar com esta última situação extrema, tanto por não termos mais energia ou porque já não acreditamos que conseguiremos sobreviver. Às vezes a nossa capacidade de resistência pode ter ido muito longe, mas nossas forças e nossos sonhos vão ficando pouco a pouco pelo caminho. 

Quando uma mudança acontece lentamente, escapa à consciência e não desperta, na maior parte dos casos, nenhuma reação, nem um pouco de oposição ou alguma revolta. 

Se olharmos para o que tem acontecido em nossa sociedade durante as últimas décadas, poderemos ver que estamos a sofrer uma lenta mudança à qual vamos acostumando. 

Uma quantidade de coisas que nos causariam horror há 20, 30 ou 40 anos, foram sendo a pouco e pouco banalizadas e hoje apenas perturbam levemente ou até deixam completamente indiferentes a maior parte das pessoas. 

Em nome do progresso, da ciência e do lucro são efetuados ataques contínuos às liberdades individuais, à dignidade, à integridade da natureza, à beleza e à alegria de viver. 

Lenta, mas inexoravelmente, com a constante cumplicidade das vítimas, desavisadas e agora incapazes de se defenderem. As previsões para o futuro, em vez de despertarem reações e medidas preventivas, não fazem outra coisa que não seja preparar psicologicamente as pessoas para aceitarem algumas condições de vida decadentes, aliás dramáticas. Porém eu lhe digo: se você já fez tudo o que pode, saia fora disso. Comece outra coisa, em outro lugar, com outra pessoa, enquanto ainda dá tempo...




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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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