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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

É tempo de Feliz Ano Novo







Dentre todos os dons que a Divindade concede ao homem, o tempo tem lugar especial. É ele que acalma as paixões indevidas, ensinando que tudo tem sua hora e local certos. 

É ele que cicatriza as feridas das profundas dores, colocando o algodão anestesiante nas chagas abertas. É o tempo que nos permite amadurecer, através do exercício sadio da reflexão, adquirindo ponderação e bom senso.

É o tempo que desenha marcas nas faces, espalha neve nos cabelos,
leciona calma e paciência, quando o passo já se faz mais lento. É o tempo que confirma as grandes verdades e destrói as falsidades, os valores ilusórios. 

O tempo é, enfim, um grande mestre, que ensina sem pressa, aguarda um tanto mais e espera que cada um a sua vez, se disponha a crescer, servir e ser feliz. E é o tempo, em verdade, que nos demonstra, no correr dos anos, que o verdadeiro amor supera a idade, a doença, a dificuldade, e permanece conosco para sempre. 

Tudo tem a sua hora. Cada coisa tem o seu tempo. Há o tempo de nascer e o tempo de morrer. Tempo de plantar e de colher. Tempo de derrubar e de construir. 

Há o tempo de se tornar triste e de se alegrar. Tempo de chorar e de sorrir. Tempo de espalhar pedras e de juntá-las. Tempo de abraçar e de se afastar. Há tempo de calar e de falar. Há o tempo de guerra e o tempo de paz, mas sempre é tempo de amar.

E observando os dias e as horas que passam, é tempo de aproveitar ao máximo o tempo que temos. Quando planejamos
ações futuras, não devemos esquecer o aqui e o agora. Muitas vezes, acreditamos que somos eternos, os outros morrem, nós não. Ledo engano. Fazemos promessas futuras mesmo sabendo que o futuro é incerto. 

Adiamos demais e postergamos alegrias. Falamos demais e ouvimos menos; deixamos de convidar os amigos para um jantar porque o sofá está desbotado. Ou não comemos pipoca na sala para não sujar o novo sofá. 

Nos preocupamos se o vento desalinha nosso cabelo e esquecemos de sentir a brisa no rosto; guardamos nossas melhores roupas para uma festa que nunca existirá. 

Choramos vendo a novela e esquecemos de viver a vida. Ou queremos viver a noite de uma balada mesmo quando estamos resfriados, porque pensamos que o mundo acabará se perdemos uma noite. 

Reclamamos quando recebemos um beijo molhado de sorvete de um filho e esquecemos de dizer mais "te amo", "me desculpe". É tempo de prolongar a existência através dos minutos vividos intensamente, e nunca desperdiçá-los. O tempo não nos dá uma segunda chance... É tempo de Feliz Ano Novo!...



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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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