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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Superando as perdas




Durante a vida passamos por inúmeras perdas, que na verdade trata-se da separação de algo ou alguém que considerávamos uma parte de nossa vida. É por isso que todas as perdas nos deixam tristes e deprimidos; só sofremos pelo que amamos. 

As perdas não estão somente na separação pela morte de alguém que amamos, mas também nas separações por divórcio, por viagem ou mudança de cidade, nos rompimentos de amizades, nas demissões do emprego, no desaparecimento de um objeto ou animal de estimação, na prisão que priva da liberdade, na doença que priva da saúde, na amputação de um membro, na perda dos dentes, dos cabelos ou da mocidade que naturalmente se vai dando lugar ao envelhecimento.  

Perder faz parte do ciclo normal da vida e só perde quem está vivo. A primeira perda acontece quando nascemos e somos separados do aconchego e da proteção do útero materno. Mas para sobrevivermos temos de aceitar essa perda e dar continuidade à nossa vida enfrentando novas situações e conquistando novas coisas e pessoas. Só assim conseguimos progredir.

Por analogia, temos de aceitar a perda do seio materno para adquirirmos a autonomia de nos alimentarmos; temos de aceitar a perda do colo para podermos andar sozinhos. Isso quer dizer que durante a vida temos de nos tornar independentes das perdas para ganharmos a liberdade de viver por nós mesmos. Para cada perda, há sempre um ganho. 

Na vida, nada é eterno, tudo passa, tudo se transforma. Apesar de querermos manter coisas e pessoas resistindo a qualquer mudança, esquecemos que é inevitável que em algum dia aconteça a separação. 

O apego é algo inerente ao ser humano, um vínculo que se cria. E mesmo que haja sofrimento, encontramos dificuldade em quebrar os elos que nos prendem a determinadas coisas e pessoas.

Os elos se formam pelo amor que temos às pessoas, aos animais, aos objetos e situações que consideramos parte de nós mesmos. Quando se rompem os elos reagimos e entramos no processo de enlutamento que tem 8 fases:
  1. A primeira reação é o choque, o abalo que causa desespero, apatia ou agitação.  
  2. Em seguida, a reação é querer negar o fato, uma defesa psicológica que visa fortalecimento para dar continuidade à vida. 
  3. Aos poucos se adquire a noção da perda mas fica a dúvida se aceita ou não o fato.  
  4. E quando se aceita o fato, surge a revolta pelo acontecimento podendo até culpar outras pessoas e Deus.  
  5. Superada a revolta vem a tentativa da barganha, de ter de volta o que foi perdido.  
  6. E quando constata que não haverá retorno, vem a depressão, a tristeza cuja intensidade irá variar de acordo com o apego que se tem. 
  7. A penúltima fase é a aceitação, quando se percebe que não há mais nada a fazer. 
  8. A última fase do processo é quando percebe que, apesar da perda, a vida tem que continuar.
Quando passamos pela experiência de cada perda é natural passarmos por essas fases, permitindo senti-la profundamente. Se não o fizermos, esse sentimento ficará guardado podendo se manifestar em outras ocasiões do futuro ou na forma de uma doença. 

O sofrimento que advém das perdas precisa ser vivido, podendo variar segundo as crenças e valores de cada pessoa. Perder dói, mas é uma dor que tem cura. É preciso dar tempo ao tempo, pois o tempo é seu melhor remédio...



terça-feira, 14 de agosto de 2012

Isso não se aprende na escola





Para qualquer pessoa, de qualquer idade, aqui estão alguns conselhos que Bill Gates disse numa conferência para estudantes sobre a visão irreal de determinadas coisas. A política do "Sinta-se bem com o que você faz" tem criado uma geração de crianças e jovens sem o verdadeiro conceito da realidade, uma atitude fadada ao fracasso.
  • A vida não é fácil, acostume-se com isso. 
  • O mundo não está preocupado com a sua autoestima ou seu bem estar. 
  • O mundo espera apenas que você faça alguma coisa útil antes de sentir-se bem consigo mesmo.
  • Se você acha seu professor rude e chato, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você em nenhuma circunstância. Você será cobrado o tempo todo.
  • Você não ganhará milhões de dólares logo que sair da faculdade. Você não será vice presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição até que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.
  • Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores mas a vida não é assim, ela sempre fará esta distinção. 
  • Na escola você pode repetir as matérias e terá quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece absolutamente em nada com a vida real, na vida você tem que acertar da primeira vez...
  • Fritar hambúrgueres, cortar grama ou lavar carros não está abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de "oportunidade". Uma escada é escalada a partir do primeiro degrau.
  • A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre as férias livres e é pouco provável que outras pessoas o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período. Na vida não se recupera as oportunidades perdidas.
  • Seja legal com seus amigos, pois existe a probabilidade de você vir a trabalhar para um deles.
  • Televisão não é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho e ir trabalhar.
  • Antes de você nascer seus pais não eram tão chatos como são agora. Eles só ficaram assim por ter trocado muitas fraldas, ter cuidado do seu banho, ter pago as suas contas, ter levado você à escola, ter lavado suas roupas e ter aturado as suas birras. Então, antes de querer salvar o planeta para a próxima geração, tente limpar seu próprio quarto, ajude a lavar os talheres e seja mais amável com sua mãe.
  • Quando você era pequeno ganhava brinquedos fazendo birra ou fingindo ser bonzinho. Na vida real é bem diferente, você terá de trabalhar muito para conseguir o que deseja. Por isso aprenda desde já a viver plenamente com muito menos do que quer e com o que tiver. 
  • Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Não lamente seus erros; aprenda com eles...



quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Otimismo e motivação: Filtro Solar



Essa mensagem nasceu por acaso. A caminho da redação do Chicago Tribune, a jornalista Mary Schmich pensava a respeito do quanto é comum nos sentirmos frustrados diante da diferença que existe entre a vida que levamos e a que gostaríamos de levar. 

Seguindo essa inspiração, ela escreveu um texto e fingiu que o usaria em uma hipotética formatura da qual seria oradora. Filtro solar foi publicado em sua coluna em 1º junho 1997 e, dois meses depois, o texto circulava pela Internet. Alguém o copiou do jornal e atribuiu sua autoria ao escritor americano Kurt Vonnegut, que se tornou mais um caso polêmico de direitos autorais na rede. 

E foi desse jeito que Filtro solar ficou conhecido no mundo todo e virou símbolo de otimismo e inspiração. A simplicidade do texto exalta uma mensagem de rara beleza, bom para ler e reler sempre que faltar otimismo e motivação. Eis o sucesso de Mary:


Usem o Filtro solar! Se eu pudesse dar só um conselho em relação ao futuro, diria: usem o filtro solar!  Os benefícios a longo prazo do uso de filtro solar  estão cientificamente provados.  Os demais conselhos baseiam-se unicamente em minha própria experiência errante,  que agora eu compartilho com vocês...

Aproveite bem, o máximo que puder,  o poder e a beleza da juventude,  ou então, esquece.  Você nunca vai entender mesmo  o poder e a beleza da juventude até que tenham se apagado.

Mas pode crer, daqui a vinte anos  você vai evocar as suas fotos  e perceber de um jeito  que você nem desconfia hoje em dia,  quantas e tantas alternativas se escancaravam à sua frente  e como você realmente estava com tudo encima.  Você não está gordo ou gorda.

Não se preocupe com o futuro  ou então preocupe-se se quiser,  mas saiba que pré-ocupação é tão eficaz  quanto mascar chiclete  para tentar resolver uma equação de álgebra. 

As verdadeiras encrencas da sua vida tendem a vir de coisas  que nunca passaram pela sua cabeça preocupada,  e te pegam no ponto fraco às 4 da tarde  de uma terça-feira muito horrenda.
 
Todo dia, enfrente pelo menos uma coisa  que te meta medo de verdade. Cante. Não seja leviano com o coração dos outros  e não ature gente de coração leviano. Use fio dental. 

Não perca tempo com inveja.  Às vezes se está por cima, às vezes por baixo. 
A peleja é longa e no fim é só você contra você mesmo. 

Não esqueça os elogios que receber.  Esqueça as ofensas e, se conseguir isso, me ensine.  Guarde as antigas cartas de amor;  jogue fora os extratos bancários velhos.  Estique-se.

 Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida,  as pessoas mais interessantes que eu conheço não sabiam  aos 22 o que queriam fazer da vida. 
Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço  ainda não sabem. 

Tome bastante cálcio.  Seja cuidadoso com os joelhos.  Você vai sentir falta deles.

Talvez você case, talvez não.  Talvez tenha filhos, talvez não.  Talvez se divorcie aos 40,  talvez dance ciranda em suas bodas de diamante.  Faça o que fizer, não se auto congratule demais,  nem seja severo demais com você. 

As suas escolhas tem sempre  metade das chances de dar certo,  é assim pra todo mundo.

Desfrute de seu corpo,  use-o de toda maneira que puder, mesmo!  Não tenha medo do seu corpo  ou do que as outras pessoas possam achar dele.  Ele é o maior instrumento  que você jamais vai construir. 

Dance, mesmo que não tenha  aonde além de seu próprio quarto.  Leia as instruções, mesmo que não vá segui-las depois.  Não leia revistas de beleza, elas só vão fazer você se achar feio ou feia!

Dedique-se a conhecer os seus pais.  É impossível prever  quando eles terão ido embora de vez. Seja legal com seus irmãos,  eles são a melhor ponte com o seu passado  e possivelmente é quem sempre vai te apoiar no futuro. 

Entenda que amigos vão e vem,  mas nunca abra mão de uns poucos e bons. Esforce-se de verdade para diminuir  as distâncias geográficas e estilos de vida, porque quanto mais velho você ficar, mais você vai precisar das pessoas que conheceu quando jovem.

More uma vez em Nova York,  mas vá embora antes de endurecer.  More uma vez no Havaí, mas se mande antes de amolecer. Viaje. 

Aceite certas verdades inescapáveis: os preços vão subir,  os políticos vão saracutiar,  você também vai envelhecer. 

E quando isso acontecer,  você vai fantasiar que quando era jovem  os preços eram razoáveis, os políticos eram decentes  e as crianças respeitavam os mais velhos.  Respeite os mais velhos.

Não espere que ninguém segure a sua barra.  Talvez você arrume uma boa aposentadoria privada,  talvez case com um bom partido,  mas não esqueça que um dos dois  pode de repente acabar. 

Não mexa demais nos cabelos,  senão quando você chegar aos 40 vai aparentar 85. Cuidado com os conselhos que comprar,  mas seja paciente com aqueles que os oferecem. 

Conselho é uma forma de nostalgia.  Compartilhar conselhos  é um jeito de pescar o passado do lixo,  esfregá-lo, repintar as partes feias  e reciclar tudo por mais do que vale.  Mas no filtro solar, acredite! "



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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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